Um "esporra-me toda", "rebenta-me o traseiro", "fode-me toda seu cabrão" é muito mais eficaz

Embora essencialmente na mesma onda, essas, se forem ditas no tom badalhocamente justo e na altura certa até podem ser de aplaudir.

É. Só que normalmente é dito num tom tãoooooooooooo mecânico.

Há outra frase-tira-tusa lapidar: "Mmm… que pau gostoso!"
E ainda é pior quando o dizem antes de o provar!

Outra que em geral me complica com os nervos é a utilização do pronome possessivo invertendo o sujeito da posse:
"Chupa suas mamas!" "Esfrangalha sua bucetinha!"

E ainda há outra que incita à Guerra Santa o que, nos tempos que correm, não é muito católico (ou islâmico):
"Rebenta minha bunda!"

Mas o pior é quando aliam a jihad à utilização do pronome possessivo invertido:
"Rebenta esse seu cuzinho todo!"

De qualquer modo, até há uma certa dirty talk que mexe comigo…

Comigo, a dirty talk tem que provir de um invólucro - leia-se mulher - que vende a ideia de uma personagem de topo que é minha... enquanto durar o encontro. Ou seja, tem que confirmar muitos pontos da minha check list de tesão, e não pode exagerar na forma como apresenta a expressão oral.

É um equilíbrio difícil. No caso da Sangali e da Ferraz, pelo exagero que elas colocam, a coisa resvalava para a comédia metafísica em que parecíamos sair da personagem - break character - e acusar a existência de um público que não existe... o que por seu lado me reforçava o tesão com um misto de desafio aceito. E isso porque o corpo delas mexe comigo.

Na maior parte dos casos, o dirty talk deixa-me mais alheado e é um caminho comum para a paragem do autocarro.

Só o primeiro parágrafo basta para chamar a frota inteira da empresa de transportes.

Um tom badalhocamente justo e na altura certa é o que importa. De vez em quando.

(noutro dia até me saiu - a mim, que sou tão educadinho - um discreto "fode-me, caralho!...").

Sabes
Estou novamente numa fase em que não encontro o que procuro no sexo a pagantes
Ou melhor
Não pagantes está a levar a questionar "porque raio ando a pagar se não tiro daí mais prazer"?
Também ajuda o facto de os meus mais recentes portos de abrigo não me atenderem

Ainda sacas daí uma tese de mestrado jeitosa.

Tese?
Eu quero é foder com qualidade

Por acaso é um quase-paradoxo engraçado. Dizer "dá-me o teu leitinho" é um turn-off. Já gritos de "não te venhas, não te venhas, não te venhas ainda" é um turn-on.

Pois deve ser, deve. Mas eu cá nunca ouvi essa.

Pronto, não é tese, é tesão.

Para mim é mais que um turn-on. É o fim à vista…

Mas isso é muito ungentlemanlike...

E por isso me contenho… um bocadinho!