Tinoni Escreveu:
Rise in popularity of anal sex has led to health problems for women
https://www.theguardian.com/society/202 ... -for-women
Este artigo aborda questões bem interessantes.
O artigo original, a que o artigo do The Guardian se refere:
https://www.bmj.com/content/378/bmj.o1975O sexo anal é um tema em que será sempre importante e difícil debater e recolher depoimentos sobre as condições em que é praticado, e as razões de quem o pratica e não o pratica.
Ainda tem muito tabu associado, seja por preconceito, pudor, receio de trauma, dor, humilhação ou troça , e, em muitos casos, informação insuficiente ou desinformação. E deve ser considerado nas políticas de saúde pública, por muito incómodo que esse tema seja para alguns, neste confuso século XXI, em que muita gente parece querer retroceder no tempo... no século XIX a sodomia podia levar à pena de morte...
Nesse sentido, este artigo do The Guardian (jornal com muita visibilidade e "credibilidade" ) sobre o tema, é um forte aceno à opinião pública, e chama a atenção sobre o artigo original. Mas julgo
assinalável (e lamentável) que, sendo redigido por um editor de política de saúde de um grande meio de comunicação,
não tenha uma única referência às palavras "preservativo" e "lubrificante". O artigo original tem o seu foco na na importância e necessidade de quebrar tabus na saúde pública, e promover uma maior comunicação sobre o tema do sexo anal entre os serviços públicos de medicina e a população feminina, pois uma franja crescente e já significativa, sobretudo jovem, pratica sexo anal, e sem essa comunicação não haverá deteção ou prevenção de problemas relacionados. É uma abordagem válida e corajosa de um tema constrangedor.
Mas julgo que tem aqui alguma ambiguidade na forma de abordar o tema:
Health risks
Anal intercourse is considered a risky sexual behaviour because of its association with alcohol, drug use, and multiple sex partners. But it is also associated with specific health concerns. The absence of vaginal secretions, increased traumatic abrasions, and less common use of condoms increase the risk of sexually transmitted disease and anal malignancy. Anal pain, bleeding, and fissures also occur as a result of anal intercourse.
Não é necessária formação clínica para compreender a necessidade do uso de preservativos adequados e lubrificantes à base de água para que não haja dores, traumas ou rompimento de vasos sanguíneos, nem transmissão de doenças ou infeções...mas nenhum dos artigos referiu essa questão.
A impressão com que fiquei, sobretudo do artigo do The Guardian, é que se quis passar a ideia de que sexo anal é perigoso, doloroso e traumatizante... e realmente pode ser, se não se tiverem hábitos e precauções básicas.
Deixo os links para uns depoimentos de um proctologista brasileiro, Dr. Fernando Lemos, que aborda o tema de forma franca e clínica:
https://www.youtube.com/watch?v=4KaLSxZD-q0https://www.youtube.com/watch?v=DULQJFUj1HMhttps://www.youtube.com/watch?v=1iR2vygx4XURealço um trecho do artigo original não incluído no artigo do The Guardian, vá-se lá saber porquê...:
Reluctance to discuss anal sex is not confined to healthcare. The Scottish government attracted criticism for proposing that questions about it should be included in the schools’ health and wellbeing census, prompting first minister Nicola Sturgeon to respond: “Either we can bury our heads in the sand and pretend that young people are not exposed to the issues or the pressures that we know they are exposed to. Or we can seek to properly understand the reality that young people face and provide them with the guidance, the advice, and the services they need to make safe, healthy, and positive decisions.