Considerei dar a este tópico o título "O Sexo a Pagantes fez de vós melhores pessoas?" mas é discutível. Penso que podemos falar de aprendizagens para a vossa vida ou evolução, deixando omisso o sentido dessa evolução.


Por exemplo, algumas das coisas que evoluíram na minha personalidade foram a capacidade de criar uma melhor "máscara" de protecção, e dar pelo menos a mesma quantidade de informação que recebo, ajustando a veracidade da mesma consoante a pessoa e a situação. São qualidades que acho que não fizeram de mim necessariamente uma melhor pessoa, mas que me permitem sobreviver e evoluir na selva do mundo laboral. Considero o facto de uma pessoa ser genuína uma grande qualidade, mas ou tem um enorme carisma/presença a acompanhar, ou então está tramado.


Também tenho a aprendizagem óbvia: fez de mim um melhor mentiroso.

Também tenho a aprendizagem menos óbvia: fez-me um melhor leitor de pessoas. Sexo contra pagantes está garantido, mas a leitura da situação pode dar-nos a vantagem de tentar dar a volta a um fight que se prevê negativo. Muito útil nas relação laborais, tanto externas (clientes, fornecedores, outras) e nas internas.


Outra aprendizagem: deu-me mais sangue frio. O facto de termos um cardápio de mulheres disponíveis para terem sexo em troca de dinheiro, algumas que mexem muito comigo, desenvolveu a capacidade de colocar o instinto em segundo lugar. De pensar mais com a cabeça de cima. Podemos também cometer erros - como é óbvio - mas com estes, nós aprendemos. Faz-nos aguentar aquela posição no BES...


E Vós? Que aprendestes?

Não confiar em GPs nem putanheiros

Bom tópico.

Assino todas as aprendizagens referidas pelo savalas.

Acrescento ainda - variante de "fez-me um melhor leitor de pessoas" - a desmontagem de uma série de preconceitos (fortemente enraizados aqui no ). A saber: "as GPs são todas iguais", "andam todas ao mesmo", só querem é guito" e afins. Poderá funcionar como regra útil de precaução mas, definitivamente, tem bastantes excepções. Todas devidamente comprovadas e testemunhadas, em diversos casos já com tempo de recuo mais do que suficiente para não permitir dúvidas.

Também, embora eu seja muito pouco dado à "moral", o reforço da ideia de que a actividade a que elas (e nós) se dedicam nada, rigorosamente nada, tem de "imoral" ou reprovável. Por mim, incluía-a no ramo do espectáculo & entertainment, algo próxima da gastronomia e de tudo o que esteja virado para o hedonismo e prazer físico em geral. Ou seja, tudo coisas sérias, respeitáveis e absolutamente necessárias.

sim, alguns aprendem a mentir melhor ... é verdade ... mas é infinitesimal ...

A capacidade de conhecer melhor as pessoas, retirando-lhes etiquetas e preconceitos, tentando extrair delas o bom que nelas existe, e fortalecendo simultaneamente a noção de que há barreiras que não podem ser ultrapassadas, pois caso contrário perdemos a dimensão humana e a hipótese de fazer deste “vale de lágrimas” um sítio melhor para aqueles de quem gostamos.
Nós, bichos humanos, somos de facto constituídos por uma miríade de sentimentos e emoções, alguns deles antagónicos, mas que porém não se anulam, muitas das vezes complementam-se, transmitindo-nos alguma “insanidade boa” a uma existência que está repleta de dificuldades, e essa loucura (muito mais vezes encontrada por mim, em putanheiros do que em GPs) foi claramente o melhor que eu vi nesta vida de putanheiro.


PS Ao contrário do confrade Marco PTX. algumas de melhores pessoas que conheci na vida são putanheiros.

Savalas
so arranjas topicos para um gaijo se queimar...


a grande lição no meu caso , é que nao vale a pena querer conhecer todas as miudas deste mundo e do outro
é cansativo...e nao vale o esforço...por varias razoes que nao vou enumerar...

prefiro a fidelização


na onda do Tinoni
claro que uma gp trabalha por dinheiro e quem nao perceber isso é burro...
mas criaram-se mitos muito generalistas


essa foi a outra coisa que se desmistificou, do outro lado está alguem que para alem de ter esta profissao é uma pessoa como eu...
posso ir dar uma volta, almoçar , ir ao gym, ir á praia com alguma e sermos amigos como qualquer pessoa

para nao me alongar muito, sao feitas algumas ofertas chorudas de dinheiro que nao aceites por certas miudas
a prova de que o dinheiro ás vezes nao é tudo...

e nao me vou enterrar mais

Bom tema do confrade Savalas, que me fez pensar...

Nas relações interpessoais acho que não aprendi grande coisa, uma vez que considero sempre em cada visita que estou numa relação fornecedor/cliente, que tem muito de comum com as restantes relações comerciais, em especial na área da prestação de serviços. Há boas e más prestadoras de serviços, tal como no resto das actividades. As más desprezamos, nas boas fidelizamos. Para mim é tão simples quanto isto.

O que, de facto, aprendi mesmo é que em cada homem (que goste de mulheres, claro) há um potencial putanheiro. A questão é ter essa oportunidade para se revelar... Digo isto porque aqui há uns jamais pensaria poder estar a escrever estas linhas. Tinha umas amigas para quando precisava, porque estar a pagar?!? Grande erro: é muito mais caro! Embora não pareça...

Cumprimentos à confraria

Ah! outra coisa que não tem bem a ver com o que se aprende na vida de putanheiro, mas que tem um pouco a ver com o que referi atrás... mas não resisto a partilhar esta minha impressão. É natural que haja confrades que já se conhecem, o que não é o meu caso que não conheço ninguém da confraria, mesmo as meninas que já frequentei porque acho que nenhuma delas é confreira ou tem hotline. Mas tenho a forte sensação que se todos os confrades se encontrassem numa receção, penso que haveria muita gente que se conhecia.

"- O quê, então tu também estás nisto...?" - seria uma frase para se ouvir muitas vezes...

Esta vida ajudou-me a criar um "eu" que é capaz de guardar as coisas só para si, que aprendeu a lidar bem com o imprevisto e o desconhecido e que desenvolveu capacidade de criar empatia. Tudo isto é muita coisa, mas são quase trinta anos nisto, e, sem estas atividades, eu seria sem dúvida um fulano bem diferente.

Mais, sou hoje em dia muito menos preconceituoso e sei bem que as generalizações são normalmente apreciações bem grosseiras das realidades.

Talvez a conhecer melhor verdadeira natureza humana...

Mas não fiquei melhor e pior era dificil...

Mas sinto-me mais homem!

A grandissima mudança em mim foi fazer-me ver estas miudas com outros olhos, porque considerava-as um pouco como "seres inferiores" por terem este trabalho, sem caracter e sentimentos, o que em pouco tempo concluí que não é verdade.
É certo que há de tudo, mas tenho conhecido algumas miudas muito interessantes, com personalidade, cultura e honestas, que aceitaria perfeitamente como namorada se a conhecesse num outro sitio qualquer.
Ajudou-me a quebrar quase a 100% o preconceito que tinha em relação a elas e a este mundo.

Gostaria de dizer que tambem me ajudou a controlar mais o meu "instinto predador", sempre que vejo uma miuda boa na rua, discoteca ou boutique mas não ,esse continua igual, só me apetece é saltar-lhes à espinha.

Resumiria, quanto a mim, tudo nesta frase:

Conheci muitas GPs que se revelaram umas princesas, e conheci muitas princesas que afinal eram umas GPs.

O meu muito obrigado a todas as princesas.

Conheci bons e menos bons confrades, conheci boas e menos boas acompanhantes - mas privilegiei, acima de tudo, aquela mão cheia de acompanhantes excepcionais e que o são na verdadeira acepção do termo.

Pessoalmente, retirei destes momentos experiências diversas que acabaram por ter consequências na minha vida, para o bem e para o mal.

Mas acima de tudo, ajudaram-me a descomplexar as ideias predefinidas que tinha anteriormente: só há relativamente pouco tempo conheci e comecei a frequentar o mundo das acompanhantes e afins, por isso, antes de ter entrado neste meio e sem nenhuma experiência, pensava que as acompanhantes era deusas do sexo, profissionais do sexo, experts do sexo, e das quais sentia receios, sentia fantasmas e provocavam-me momentos de fuga. Quando via fotos em sites ou em anúncios, imaginava que, se estivesse com algumas delas, seria "trucidado" e faria figuras tristes.

Depois, conheci o meio... e apercebi-me que não haveria motivos para os receios que sentira. Quam estava perante mim era uma acompanhante, sim, mas face a face, senti que era uma mulher como as outras, uma pessoa com defeitos e virtudes. Ao fim ao cabo, lidei com acompanhantes que eram, "simplesmente" pessoas.
E tudo isto me fez descomplexar qualquer tipo de ideias que possuí durante variadíssimos anos ao longo da minha vida.

Aprendi a deixar de ser parvo e aproveitar melhor a vida, aprendi a preocupar-me menos.

Aprendi a foder sem responsabilidades (de uma relação)... mas acima de tudo aprendi a ver as GPs como mulheres.

Eu, que me iniciei nesta vida há menos de um ano, aprendi até agora muita coisa, e aprenderei certamente ainda muito mais.

Os pontos que considero mais importantes já foram referidos acima pelo confrade Simbaad. Ou seja, acima de tudo, aprendi que é muito mais saudável (no meu caso não é com o dinheiro que me preocupo, mas com a minha vida amorosa, mesmo) pagar por estas experiências do que estar a arriscar estragar a minha vida por momentos passageiros de diversão.

Não sei se estou aqui a abir uma caixa de pandora, mas já o escrevi antes. Sou casado, apaixonado, e muito feliz com a minha vida a dois.
Infelizmente é um facto que quando um gajo quer mijar fora do penico, vai mijar fora do penico. E digo isto contra as minhas próprias convicções durante grande parte da minha existência. Até há uns anos atrás, acreditava piamente numa série de valores imutáveis que me impunha a mim mesmo, e que faziam com que qualquer mijadela fora do penico fosse para mim um acto verdadeira e severamente reprovável, punido com uma auto-flagelação psicológica intensa caso a ideia sequer me passasse pela cabeça.
A primeira vez que traí (há precisamente meia vida atrás), foi para mim um peso enorme que carreguei até à confissão, apenas uns dias depois. E depois carreguei com o peso de umas hastes "compensatórias" um ano depois, para aprender que às vezes o segredo é mesmo a alma do negócio. A regra aqui foi mais ou menos "se tu fizeste, eu também posso". E não há como contra-argumentar. Graças aos meus valores e integridade, acabei com uma relação que podia ter sido muito mais.

Entretanto estive quase mais meia vida a viver de acordo com os tais valores, imutáveis. E não é que não fosse feliz, mas o certo (e com todo este texto, há apenas um ponto onde quero chegar) é que um gajo só vive uma vez. E há muita coisa que nesta vida um gajo não vai fazer. E há muito para experimentar. E pouco tempo para o fazer. Seria justo para mim mesmo negar-me certas experiências em nome de uma lista de valores que nem sequer questionei muito a fundo? Talvez... Mas antes de chegar a essa conclusão, teria que começar exactamente por esse ponto. Questionar os meus valores. Ser honesto comigo mesmo. Ser VERDADEIRAMENTE honesto comigo mesmo. "Doa O QUE doer!" Sim, porque se for honesto comigo mesmo, vou-me desapontar a mim mesmo. Vou pensar "A sério, tu és mesmo assim? És como os outros? Não és diferente?". E a resposta é só uma: Eu (tu, ele, nós vós, eles) sou igual aos outros. Posso tentar diferenciar-me no detalhe. Mas sou no geral igual aos outros. E assim, em 20 segundos, cheguei à conclusão mais dolorosa de todas. Sim, ELAS têm razão. E sim, um homem não foi feito para ser fiel. Não somos cães. Somos felinos astutos (às vezes...) e enganadores (sempre).

Agora que sabia quem eu realmente era, tornei-me outro homem. "Libertei-me". Fiz o que quis. Como quis. Quando quis. Sem olhar à minha volta. Sem pensar muito. Sem pensar nos outros. Foi bom. Foi mesmo bom? Foi mau. E foi bom! Algumas vezes, foi tudo (e sempre) bom. Outras vezes, foi bom no momento, mas foi mau todo o resto do tempo. E o momento foi só um. "O resto do tempo" é muito mais...

Tudo isto porque me esqueci, na minha libertação, de um pequeno (grande, ENORME) pormenor. É que nestes "momentos" não há só uma pessoa, não há só "eu". Há pelo menos duas pessoas envolvidas (normalmente mais, se considerarmos quem não está lá no momento, mas está lá no pensamento). E, valores imutáveis ou não, ferir sentimentos é algo que não quero, nem nunca quis.

Tinha que ter uma alternativa. Mas qual? Teria eu que escolher entre viver a vida mais plenamente ou não ferir sentimentos???

Até que um dia, regressando de uma viagem de trabalho, a conduzir há algumas horas por planicies deste país, me deparo com um ser à beira da estrada. Feminino. Curvilineo. Efusivo. Belo. Não parei... Mas pensei! E considerei. E pesei, medi, equacionei, regurgitei e reciclei ideias e pensamentos. No final, uma conclusão. Tenho que passar por esta experiência.

Podia escrever muito mais, mas vou-vos poupar. Resumindo uma história longa (mas rápida), pouco tempo depois estava à procura de "acompanhantes em (local X)", e por sorte (porque sem sorte ninguém vai a lado nenhum), vim de imediato parar a este fórum. Registei-me de propósito só para ler muito atentamente mais sobre esta vida, e informar-me muito bem antes de ir à minha primeira aventura. Foi o melhor que podia ter feito, e é em reconhecimento à ajuda que este fórum me deu que tento hoje contribuir para que quem se decida a passar pela mesma experiência tenha o máximo de informação possivel.

Hoje em dia sou um homem muito mais completo, muito mais satisfeito, não tenho problemas de consciência, e continuo apaixonado pela minha mulher. Se alguma coisa resultou disto, é que me fez melhorar a minha experiência sexual em casa. Eu, que me considerava um "conhecedor" do sexo oposto - e de sexo, no geral - , estou afinal a aprender. Todos os dias. E com todas as experiências.

E lá em casa, há mais uma pessoa a beneficiar disso. Posso até confessar-vos que já sugeri (levemente) lá em casa termos um dia uma experiência com uma GP (do género massagem com final feliz). Em casal. Não aconteceu. Ainda! Mas não ficou descartado!!

Esta foi a maior lição que esta vida me trouxe. Há mais, mas são muito secundárias.