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 A geração rasca...ou não! 
Autor Mensagem
Platina
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Mensagem A geração rasca...ou não!
O tromba*book mostrou-me este texto que postei há quatro anos:

"Nuno vivia com o pai, reformado da Tabaqueira.
Abandonou no 2º ano o curso de Química após a morte da mãe, professora reformada.
Foi trabalhar para os serviços externos num laboratório de análises clínicas, ganhando 650 euros.

Viviam numa vivenda alugada pelos pais por 450 euros no Algueirão e o pai tinha de reforma, já com o complemento da mãe, 1800 euros mensais.

Nuno não pagava nada em casa. Os gastos da casa em alimentação, energia, agua, áudio-visual, limpeza e tratamento de roupa eram suportados voluntariamente pelo pai.

A totalidade dos 650 euros do seu salário estava destinado às suas despesas extras mensais: almoços (200 euros), carro e gasolina (120 euros), telemóvel e internet (30 euros), tabaco e café (75 euros), futebol (50 euros), bares,discotecas, festas e concertos (120 euros).

Nuno teve uma infância feliz. Apesar dos pais não serem ricos, proporcionaram-lhe condições de vida da chamada classe média, quer nos estudos e nas férias, quer na mesada para os gastos.

Foi assim na infância, na adolescência e até aos 28 anos de idade. Mas o pai faleceu em Outubro do ano passado com um ataque cardíaco.

O pai tinha algumas poupança e o Nuno após o funeral comprou um Fiat Brava Novinho em folha e foi 2 semanas com a namorada para umas férias de sonho, bem merecidas, para a República Dominicana. Quando regressaram, Lina, a namorada, de 24 anos e a tirar o curso de relações internacionais, mudou-se com armas e bagagens para a vivenda do Algueirão!

Em Janeiro passado a senhoria informou-o da actualização da renda que tinha de passar para os 600 euros e o Nuno teve de ir alugar uma casa de 2 quartos num 3 andar de um prédio modesto no casal de Sº. Brás por 300 euros e levar consigo a namorada! Em Março para além da renda, tinha na caixa do correio a facturas da luz com 80 euros, da água com 17 euros, do gás com 12 euros e 42 euros da TV cabo.

Nunca lhe tinha passado pela cabeça que estes serviços eram pagos...ai que saudades ele tem daquelas meias horas debaixo do chuveiro, na casa do pai, com água bem quentinha!

Prestes a fazer 29 anos e com a memória ainda cheia de 28 anos de boa vida, que se diga de passagem que já ninguém lhe tira, o Nuno é confrontado pela primeira vez na sua vida que no dia 23 de Março, quando ainda faltavam 7 dias para o final do mês, não tinha dinheiro suficiente nem para a gasolina nem para comer. Nem queria acreditar, até chegou a admitir que tinha sido vítima de algum roubo.

A escassez e a falta de dinheiro, e a boa vida a esfumar-se, originou as discussões na união quase de facto. A Lina, teve de optar entre o confortável quarto da casa da mãe com toda a assistência incluída ou a vida abarracada que lhe proporcionava o namorado. Claro que grande parva que ela era se ficasse a viver numa casa onde a única coisa abundante no frigorífico era o gelo!

Nuno fica sozinho e começa a meditar..."como era possível viver sem fumar (10 maços por mês), sem beber café (60 cafés por mês), sem ir de carro para o trabalho (60 litros por mês), sem ir ao futebol (2 vezes por mês), sem internet e sem telemóvel, sem TV Cabo, sem ir beber umas bejekas para o "bairro" às sextas-feiras?"

Como podia passar a vida a ver como consegue esticar os 650 euros de salário só para o aluguer de casa, alimentação, agua, gás e luz? Ainda por cima a ter de fazer as contas à vida sempre que vai ao supermercado adquirir os alimentos... que saudades tem daquela cataplana de marisco que o pai fazia soberbamente!

A poupança que os pais fizeram tão zelosamente foi-se... a espaçosa casa com jardim foi-se... o orçamento familiar suportado com a razoável reforma do pai foi-se...
A namorada foi-se... longe de isso lhe equilibrar as contas, limita-se a adiar o agravamento das dívidas!

Como num semestre a vida do Nuno ficou esburacada pela realidade da vida!
Nuno não é duma geração rasca. A vida actual da sua geração é que o enrasco
"

....................

Quantos Nunos não haverá por aí?!

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05 Jul 2016

 
 
Prata

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Mensagem Re: A geração rasca...ou não!
Nem queiras saber.

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05 Jul 2016
Putanheiro5

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Mensagem Re: A geração rasca...ou não!
Obrigado por este texto bem atualizado, irei transcreve-lo para o meu Nuno! Porque eu tb tenho um Nuno... Que recebe 749€ e vai de audi A3 para o trabalho, há vou tb envia-lo á mãe do Nuno..
Obrigado!

05 Jul 2016
Diamante
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Mensagem Re: A geração rasca...ou não!
A melhor coisa a deixar é sempre a casinha paga. Com casa, esses 650€, equivalem a mais de 1.000€.

Mas esta vida dos 600€ é completamente incomportável, sendo aquilo que mais crítico nestas políticas recentes, o abaixamento dos vencimentos.

Embora eu seja um gajo mais de direita, nunca entendi a flexibilização dos despedimentos. Isso é substituir uma pessoa de 2.000€ por uma de 1.000€, ou uma de 1.000€ por uma de 600€ ou um estagiário. Os vencimentos não podem ser tão baixos.

Que vida terão os filhos destas pessoas de 600€? É que hoje os pais e avós ainda ajudam, mas estes "seiscentoseuristas" , que continuarão a ganhar isto, nunca poderão ajudar os filhos.

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05 Jul 2016
Platina
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Mensagem Re: A geração rasca...ou não!
Tudo isto decoore de um paragmima que se instalou em Portugal com o guterrismo, do credito fácil.

Isso criou uma falsa prosperidade. Pais a dar tudo aos filhos, telemóveis ainda quando são crianças e ja sofisticados, roupas e ténis de marca...

Isso criou na juventude, uma aparência de vida vida fácil, sem necessidade de lutar para ter as coisas...

Eu vivi e cresci numa família abastada, mas só recebia um prenda muito simbólica no. Natal( um par de peúgas) e nos anos, era um lanche ajantarado com os amigos.

Quando recebia as prendas que eu realmente ambicionava, era na passagem dos anos escolares.

Foi assim que recebi a minha primeira bicicleta ou a primeira aparelhagem de som...

Ou seja, eu tinha que lutar por um objectivo( passar de ano) para obter a devida recompensa...
Portanto, ficava logo ciente que para ter o que queria tinha que lutar um ano inteiro, para isso...

Completamente ao contrário ao que aconteceu nessa época, onde a sensação de felicidade era muito fácil, com os resultados perniciosos que hoje se vêm...

05 Jul 2016
Platina
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Mensagem Re: A geração rasca...ou não!
Eu também fui "vítima" desse tipo de educação: O meu primeiro relógio ganhei-o quando fiz a 4ª classe e entrei no liceu; todos os tostões (poucos) que a minha mãe me dava eram provenientes do pagamento de recados ou ajudas que lhe dava nas tarefas domésticas; quando comecei a trabalhar e a auferir salário, abri uma conta conjunta com o meu pai que sempre me pregava sermões quando eu esbanjava mais um pouco; a minha carta de condução foi paga com o meu dinheiro, tal como carros, casa, férias, etc.

Claro, outros tempos mas também outras mentalidades. Mas já havia alguns 'Nunos', colegas de escola e de liceu, alguns deles filhos de gente abastada, que tinham sempre mais do que precisavam...e faziam alarde disso. Hoje alguns deles vivem com dificuldades porque as empresas do pais foram para a insolvência, faliram e eles nem estudaram para obter um curso nem se habituaram a trabalhar.

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05 Jul 2016
Platina
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Mensagem Re: A geração rasca...ou não!
Muita culpa dos governos irresponsáveis de Guterres!

Foi aí que se começou a criar uma divida monstruosa, nomeadamente das famílias e a criar uma geração " mimada"...

Eu por exemplo, conseguia( com algum sacrifício) viver com pouco, a minha filha, outro exemplo, não, só com mais, ela não conseguia prescindir de nada...

Assim, a vida lhes sorria...

Mas é claro, para evitar más interpretações, não é com baixos salários que o país vai para a frente.

Mas também é verdade, que mais vale um salário de 600 euros, do que estar desempregado e os jovens têm que ter consciência disso...

05 Jul 2016
Ouro
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Mensagem Re: A geração rasca...ou não!
Rodado concordo contigo no que disseste
E lembraste-me muitas situaçoes parecidas
Mas dizer que tudo começou com guterres
Antes houve 10 anos de cavaquismo

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se ao nascer eu soubesse, que te ia encontrar,
tinha nascido a sorrir e não a chorar!!!

05 Jul 2016
Platina
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Mensagem Re: A geração rasca...ou não!
No cavaquismo aconteceu também muita coisa, mas o pior de tudo foi o desperdício nas ajudas comunitárias para a formação. E tanto que o país precisava de uma revolução cultural e tecnológica!

E na altura podia ter sido feita... Mais uma vez o facilitismo!

Entretanto, houve uma revolução em estruturas, nomeadamente no betão.

E é incrível como foram precisas estas ajudas para construir uma auto estrada Lisboa e Porto e Lisboa- Algarve, uma necessidade de décadas!!!

Mas estamos a sair fora do assunto do tópico, mas que é um problema com motivações politicas e tem responsaveis!

05 Jul 2016
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Mensagem Re: A geração rasca...ou não!
Tenho uma história caricata com esta do "Nuno"

Estava a precisar deum diretor para uma pequena-micro empresa. Através do centro de emprego pedi que aparecessem algumas pessoas para entrevista. Até 1300 com automóvel telemóvel e estadia, eu pagava. Mais do que isso, não havia possibilidade.
Depois de umas 3 entrevistas, não tinha decidido nada. Estava à espera do sr. da 4 entrevista.
Vejo entrar no portão da empresa um Sr. Mt mais velho do que eu, na casa dos 50anos, fato, gravata, bmw x6 do corrente ano....
Perguntei o que pretendia, pensando eu que seriaalgum futuro cliente com nota. Respondeu que vinha a uma entrevista!
A minha resposta foi tão simples quanto a rapidez com que me saiu da boca:
"Desculpe mas duvido que o emprego seja para si e provavelmente vc vai perder tempo comigo"...
Blá blá blá...lá ficamos a conversar e acabou por dizer que estava à receber pelo desemprego 4000euros mensais. Que tinha mais uns biscates que ia fazendo por fora, que lhe dava outro tanto. Estava ligado a um partido político! Que tinha de ir a estas entrevistas para lhe carimbarem os papéis. Que já estava nesta situação há um ano. Que os filhos, engenheiros, acabadinhos de tirar o curso, um com 35anos e o outro 29, :smt013 estavam a ganhar 700euros numa empresa de construção. Cada um com o seu Audi renovado de 4em 4anos que o papá lhes deu...
Dizia ele que era inadmissível mas foi o melhor que conseguiu arranjar para os filhos, através de uns conhecimentos que teve em tempos.
E eu...sorridente...com uma azia do caralho no estômago. :evil: e a pensar na politiquice que temos no país.

05 Jul 2016
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Mensagem Re: A geração rasca...ou não!
Caros,

De facto este país tem um numero elevado de "Nuno". Porém a realidade dos outros "Nunos", dos que preferem a subsidio-dependência, da via da irresponsabilidade e da falta de ambição é também uma flagelo bem presente. São também esses "Nunos" que embora tivesse uma educação adequada aquilo que consideramos os parâmetros normais, decidiram simplesmente porque sim, porque lhes foi injectado anos após anos, a tornarem-se Doutores sem perceberem ao certo para onde ia e se queriam ir. Resultado, temos uma sociedade e um tecido económico divorciado das nossas Universidades, formando bandos de desempregados. Onde vimos com toda a clareza, conteúdos programáticos dos cursos das universidades totalmente desfasados da realidade laboral e em muitos casos desadequados ao actual evoluir da sociedade.

Por fim, eu que trabalho na área dos recursos humanos e que procuro vários profissionais, de várias áreas, de várias vertentes ... apelido este país de case-study!!! Porque meus amigos .... se vocês tivessem a noção das vagas de emprego que existem por preencher neste país :smt087 :smt087 :smt087

Muito mais "Nunos e Nunas" poderiam existir! Mas existiam com uma salário. Pouco ou muito, seria sempre uma salário digno. Pois na sua maioria, preferem a vitimização e o papel do coitadinho. Porque será sempre mais fácil voltar a pedir aos Pais.

05 Jul 2016
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Mensagem Re: A geração rasca...ou não!
Penso que o problema não serão tantos os "Nunos", apesar de eles serem mesmo muitos; o problema está nos "Sub-Nunos", aqueles que passam o dia entre uma ganza e a apresentação às autoridades, de ténis jeans e smartphone, a perder o tempo, gente que nunca teve um objetivo, que abandonou a escola e que se foi dedicando mais ou menos à marginalidade.

Mas a culpa não é só deles. E os paizinhos, que os deixaram crescer na inutilidade? Na minha família sempre houve conforto, mas sempre houve exigência e obrigações; eu via muitos rapazes, de famílias com menos recursos, cujos pais faziam sacrifícios, a perderem anos, mas em minha casa não era assim: em minha casa havia obrigações.

05 Jul 2016
Diamante
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Mensagem Re: A geração rasca...ou não!
Mas porque vocês apenas atacam o Nuno?

O facto dele ganhar 650€ é o espelho daquilo que são os novos vencimentos. Isso é mais preocupante do que um rapaz que quer viver a vida dele.

Este ao menos ainda trabalha. É como diz o Jolinho, piores são aqueles que não o querem fazer porque acham que não precisam.

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05 Jul 2016
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Mensagem Re: A geração rasca...ou não!
Com calma

Este é mais um assunto em que não se deve generalizar

Dou um exemplo

Em 2008, vocês iam à uma qualquer loja, snack bar, restaurante nos grandes centros urbanos e provavelmente se lembram de ser atendidos por funcionários brasileiros

Estamos em 2016

E o que vejo é uma grande parte das gerações que se seguiram a mim nessas funções. Muitos adaptaram se.

Raios, do alto dos meus trintas e tais já estou preocupado com a competição cerrada que esta malta mais nova com certeza me vai dar. Porque esta mais qualificada, desenrascada e focada que eu.

Mas é a lei da vida.

Há nunos sim, mas também há maneis.

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05 Jul 2016
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Mensagem Re: A geração rasca...ou não!
Eu, que já estou nos últimos anos da minha vida profissional, ainda me preocupo em ser bem competitivo; é que eu trabalho com malta com menos vinte e trinta anos do que eu, e, se não acompanhar, de nada me adianta "a experiência".

Tal como bem disse o Savalas, não se pode generalizar à toa. É bem verdade que há gente a quem as coisas correm mal por pouca sorte, mas também é bem verdade que há muito rapaz que chega à idade adulta muito mal preparado por culpa dos pais, que não foram capazes de criar regras, apontar caminhos e dar exemplos. Muitas pessoas nasceram na pobreza e conseguiram escapar a ela, fruto das mudanças que a sociedade sofreu, e que agora, pela sua incompetência, vêm os filhos regressar à pobreza. É que verdadeiramente eles não mudaram: a vida deles mudou porque o país mudou; só que agora o campeonato é mais complicado e é preciso mais competências.

Todos lemos nos posts anteriores os relatos dos patetas que ganham 750 Euros e vão trabalhar de Audi A3. Aí está: são uns pobres de espírito, são gente que não se sabe governar. Se ganhassem 1.500 Euros andariam de Audi A6.

Isto é dramático e é cultural; eu diria que é endémico em certos setores da sociedade.

05 Jul 2016
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