Caro Rodado
Pouco sei sobre a "obra" de RR, por isso fui "googlar" e encontrei um artigo de opinião de um portuense, Manuel Carvalho, que não é suspeito de ser um "perigoso esquerdista".
Da leitura, retive algumas ideias:"Não deixará para a posteridade uma aura de revolução e de modernidade. Não deixará ideias, nem projectos. Não deixará obras emblemáticas e perenes como o Metro, não deixará um lastro cosmopolita como o do Porto Capital Europeia da Cultura, não deixará a cidade inscrita na lista do Património Mundial como o socialista Fernando Gomes, que governou a Câmara nos anos 90. Doze anos de governação defensiva, sem imaginação e sem brilho, sem pelouro da Cultura e sem um discurso de ousadia e modernidade são muitos anos. [i]
[i]"O rigor e a inflexibilidade com que geriu as contas e puniu os desmandos na Câmara perderam parte do seu sentido e valor com a sua incapacidade de aceitar o debate e a divergência, com a sua impúdica propensão para se fazer promover em dezenas de fotografias no boletim municipal, com o seu injustificável aval aos ataques, por vezes fulanizados, a críticos e opositores nos painéis publicitários da Câmara".." Da condenação do sistema judicial que se arrogava o direito de interpretar as leis de forma diferente da sua.
"Mas se não deixa obra, Rio também não deixou dívida. O que não é coisa pouca nos dias que correm"..."É esta aura de sobriedade e de rigor que concedem a Rui Rio a imagem de homem providencial"
Ora, de "homens providenciais", com propensão contabilistica, de "manga de alpaca", já tivemos a nossa conta. Salvo as devidas diferenças, António de Oliveira Salazar, também não deixou dívida. O resto é que foi pior.
Por mim, como social democrata assumido, passo.
![[bigsmile]](./images/smilies/snork_lach.gif "hehehe")
![[schock]](./images/smilies/snork_shok.gif "geschockt")
Se era coisa que o Botas fazia era pensar pela própria cabeça. E pela de muitos outros. E não me consta que ele [o Botas] alguma vez tenha emitido opinião sobre a eutanásia. O aborto era proibidíssimo.