Vem aí, nestes próximos anos, uma batelada de dinheiro, quase 20 mil milhões de euros...

Sendo uma verba consideravel e muito provavelmente a ultima, pelo menos com esta "grandeza", gostava de ver comentado sobre o rumo que dar a este dinheiro...

Por mim, renovava a linha férrea nacional, terrivelmente degradada e investia nos Portos, tendo em conta a importância estratégica que estes têm para a nossa economia...

Mas são precisas ideias, tendo em conta que no último pacote, cerca de 5 mil milhões estão em risco de voltar para trás por inoperancia dos governos!

Rodado eu pra mim activava a maior mina de ferro da Europa para poder fornecer as siderurgias alemãs fracesas etc... etc... a preços bem competitivos, fazia também uma siderurgia lá próximo pra acrescentar valor a alguma matéria prima também e os acessos ao mar e caminho de ferro pra Europa também e depois era só encaixar esses milhões de divisas na exportação ano após ano, fora os lucros de exploração claro, mas isto sou eu que gosto de investir pra ganhar dinheiro... o(s) governo(s) também, então passará por outros cambalaxos o investimento desses dinheiros...

Por mim façam o que quiserem, não se esqueçam é dos meus 5%....

O melhor é mudar o nick do Prov1 para Mr Gulbenkian

Desculpe mas não podemos usar os nomes próprios aqui no Forum.

Entao fica... Mister 5%

Excelente tópico

o QCA 2014-2020 será o 5º pacote de apoios comunitários à economia e sociedade portuguesa

algumas notas prévias relevantes:

- os anteriores 4 QCA são uma prova inequívoca que a Europa sempre nos apoiou;
- desde 1986, os QCAs ajudaram Portugal a modernizar-se e a desenvolver-se;
- temos assistido a uma degradação da qualidade no aproveitamento destes fundos;

o QCA é uma peça fulcral da política de coesão europeia, balizado por objectivos globais
os países de per si, têm a oportunidade de definir e negociar os seus targets específicos

assim sendo, aqui vai a minha opinião para este 5º QCA, deveria ter como objectivos centrais:
- a intensificação de algumas fileiras industriais
- o incremento dos serviços transacionáveis
- melhoria das infraestruturas da agricultura
- reforço da economia do conhecimento
- maior integração internacional não europeia

maximizando recursos naturais nacionais, conhecimento nacional, posição geográfica e o património linguístico



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sobre a questão dos 5% dou de barato
tomara que nós acertássemos nos restantes 95%
o preço da incompetência é muito superior ao da ladroagem

Os fundos do QEC 2020 vão bater muito no desenvolvimento das regiões não centrais (vai pouco para Lisboa) e vai ser muito virado para o emprego e formação profissional.

Penso que, como foi dito mais acima, a qualidade da utilização dos fundos veio a dminuir gradualmente. E muitas razões houve para isso.

A utilização foi desvirtuada, de tal forma que o investimento do Estado começou a ser feito quase só com base em fundos (o Estado começou a ser o principal consumidor de fundos).

O Estado começou a "enganar" os cidadãos e os painéis de publicidade dos fundos e toda a informação relativa aos projectos começou a dizer "Governo de Portugal", "Ministério de....", "Programa Operacional...." e depois "QREN", quando deveria passar uma mensagem em que o cidadão entendesse que aquilo era dinheiro comunitário (claro que isto não interessa).

Os fundos, em si, podem incentivar desperdício (imaginemos que temos uma ETAR que necessita de uma ampliação, que custa 300.000 Euros, a candidatamos e obtemos uma comparticipação de 216.000 Euros (72%) e isto dá mais vinte anos de vida; acabamos por preferir arrasar a nossa ETAR e fazer uma nova, com um investimento muito superior, para um período de vida útil de 40 anos. Esta equação até nem seria muito desinteressante se esta área não estivesse em evolução constante e não houvesse muitas variáveis em jogo. Significa isto que o nosso investimento "novo", para 40 anos, pode ficar tecnologicamente obsoleto ao fim de 20 ou pode ser sobredimensionado, já que a população pode não evoluir como previsto ou os consumos podem ficar abaixo do estimado. Basta que haja uma crise, e todos cortamos em todos os consumos.

Outra coisa detestável a utilização de dinheiro para fins que não são de investimento. Pensemos na construção de uma estrada, que é apoiada; tudo bem. Dez anos depois, a estrada precisa de muitas obras e a autarquia candidata-se para uma "Beneficiação", que não é mais do que conservação com um ligeiro upgrade. Isto também se passa muito nas nossas cidades, em que a autarquia começou por fazer obras, de seguida há dinheiro para a revitalização do comércio, e parte do dinheiro vai para as ruas, e passado uns anos há dinheiro para a "Regeneração Urbana" e lá volta a haver dinheiro para arranjar as ruas.

E em muitas coisas mais se pode falar.