Os exemplos de má gestão da banca, fraude, tráfico, activos tóxicos, compras via off shore para influenciar valor de acções, empréstimos sem garantias, etc,etc,etc.. são sistemáticos, aliás a crise começou exactamente por isso! Mas claro! é só conspiração! Os bancos são uns santos que só querem o bem das pessoas! as noticias que são vinculadas desde de 2008 que falam sobre a fraude dos banqueiros ( só em Portugal BPN, BPP, BCP, BANIF, BES) são obviamente mentira, e fruto da imaginação!

So mais esta

Onde esta BES leia_se tambem os yellow submarines do shor paul doors

JP,

Sabes que os alemães também venderam submarinos à Grécia? Mesmo sabendo que eles não tinham dinheiro e que era um investimento supérfluo.

Esta coisa da austeridade é só para consumo interno. Vê lá se alguma vez a Alemanha disse aos países que pediram ajuda externa que não deviam comprar submarinos, aviões da Airbus (consórcio franco-germânico), Porches, BMWs, Mercedes e Audis. Alguma vez? Mas depois vêm com o discurso das pessoas viverem acima das suas possibilidades.

Por exemplo a Ferrari só vende os carros a quem têm garantias de o poder manter. Não querem a ciganada com Ferraris parados junto às barracas. Mas vemos lá muitos Mercedes.

Tinha que mandar esta boca foleira porque o zé-povinho é sempre culpado de tudo.

Nunca se esqueçam que por detrás desses programas de ajuda, há muito dinheiro emprestado que volta aos bolsos de onde vieram.

Obviamente que a culpa é dos totós que estiveram nos vários governos. Bastava promulgar uma lei que estabelecesse uma quota para a importação de carros de alta cilindrada. Cada vez que se compra um BMW, são cerca de trinta ou quarenta mil euros que vão para a Alemanha. Ora isso desequilibra a balança comercial gerando um deficit. E ninguém faz nada….

Na China houve uma altura em que andava muita gente de bicicleta por directivas do governo. Reduziram a importação de petróleo, equilibraram a balança comercial, reduziram a poluição e as pessoas tornaram-se mais saudáveis, reduzindo-se também o número de acessos ao serviço de saúde. Hoje já não é bem assim, mas na altura funcionou.

Totós???!!!...



viewtopic.php?p=*#p939356 ... e maoísta!

Agora è que o kwacha se passa

Pedro

tu de facto não pensas no que escreves !!!

vives num espaço de liberdade de circulação de pessoas e mercadorias ... esqueceste ?

já agora ... na próxima vez não voltes a comprar um carro alemão ok ... experimenta comprar uma carroça grega ou portuguesa !

mais pareces os tais políticos que condenas ... façam o que eu digo mas não façam o que eu faço

O facto do espaço ser de livre circulação de pessoas e mercadorias não quer dizer que não possa ser regulado.

Dou-te alguns exemplos:

- se quiseres passar no aeroporto com mais de 10-15.000€ numa mala és capaz de ter alguns problemas
- se quiseres comprar uma empresa do PSI-20 e retirar todas as acções em bolsa deves ter que dar algumas explicações à CMVM
- se quiseres transferir dinheiro para uma conta off-shore és capaz de ter que explicar algumas coisas ao Banco de Portugal e à Autoridade Tributária
- se quiseres abrir uma farmácia num local tens que ter licenciamento de uma entidade qualquer
- etc…

Tudo é controlado e essas buzzwords de livre circulação valem o que valem. Nos EUA isso acontece porque é um único país. Na Europa não. É uma zona económica única mas com vários países e alguns com as suas debilidades económicas.

Olha que há várias maneiras de impôr restrições. No caso dos carros de alta cilindrada bastava exigir que fossem todos comprados a pronto pagamento e haveria uma redução abrupta das importações de carros alemães.

Quanto à critica que me fazes, é o segundo carro alemão que tenho mas não me endividei para o comprar. Comprei-o novinho a pronto e até já tentei vendê-lo para comprar outro. Creio que na altura falei contigo.

A minha crítica é para as pessoas que pedem crédito para comprar carros muito caros e além de se endividarem, prejudicam o país.

o 1º exemplo - é extensível a qualquer cidadão em toda a zona euro (vê o recente caso da mãe do Ronaldo no aeroporto de Madrid)

o 2º exemplo - é extensível a qualquer bolsa no mundo ... uma OPV tem de ser comunicada e aprovada pela Bolsa

o 3º exemplo - é extensível a qualquer banco no mundo desenvolvido (OCDE)

o 4º exemplo - é o único que se aplica à Grécia que disse que ia mudar e ainda não mudou

***

a pergunta continua

conheces alguma proibição ao comércio livre de mercadorias entre países da União Europeia ?

***

o comércio intracomunitário é regulado ... eu diria mais ... é super regulado ... pela Comissão Europeia e pelas Autoridades Nacionais

através de regulamentos e mais regulamentos ... todos os santos anos ... são transpostos milhares de regras para todos os países

a propósito de uso abusivo ou indevido do crédito ... qualquer dia vens aqui defender que ...
as GPs exijam aos clientes ... a prévia exibição ... de extracto bancário e declaração de IRS !
se tiveres crédito pessoal ou IRS não conforme a tabela da menina ... é simples, não phodes !

a vida é para adultos ... e a liberdade é para ser vivida com responsabilidade

Não há proibição de comércio dentro da zona euro porque o sistema foi desenhado para ser capitalista e de livre concorrência.
Apesar de tudo o meu bom senso diz-me que se ao invés da austeridade incidir sobre os salários, pensões e impostos, alguns até inventados à ultima da hora como é o caso da sobretaxa extraordinária, se houvesse um controle no consumo, mesmo que para isso se mudassem algumas leis, seguramente que as pessoas acabavam por gastar menos em coisas fúteis e teriam outra qualidade de vida.

Sei que não dá jeito aos empresários porque eles querem é vender e vender.

Lembras-te da Lei Seca nos anos vinte e trinta do século passado nos EUA? Era proibido fabricar, transportar e consumir álcool. Na altura foi para controlar o consumo do álcool e no início até deu alguns resultados.

Era preciso implementar qualquer coisa assim.

Só se podia comprar carros a pronto pagamento, só se podia trocar de carro de oito em oito anos. Só se podia ter uma habitação própria com hipoteca, a segunda casa só podia ser adquirida depois da primeira estar paga, era proibido ter mais do que 2 LCDs em casa e uma série de outras medidas idênticas… Ias ver se ao fim de cinco ou dez anos as importações não reduziam drasticamente, a balança comercial tornava-se positiva e de deficit passava-se a ter um superavit.

Se que estas medidas são contra as regras da União Europeia e é por isso que acho que se a Grécia saísse do euro talvez ao fim de meia-dúzia de anos conseguisse endireitar a sua economia, ainda mais porque ia poder desvalorizar o dracma.

O euro não é a última batata do pacote. É a moeda dos ricos e quem não é rico sofre. Já imaginaste uma empresa colocar um empregado em Londres e manter-lhe o mesmo salário que tinha em Portugal. Obviamente que vai passar dificuldades.

por esse caminho ... nós portugueses estávamos lixados ... não vendíamos mais vinho ... fechávamos a Auto Europa ... e por aí adiante

Talvez fosse necessário fechar algumas coisas cá mas talvez se abrissem outras. Não sei. Talvez…

Mas é preciso pôr fim a esta sociedade consumista e ao capitalismo selvagem.

Não podemos consumir como os norte-americanos e não produzir como eles.

Se uma família da classe média norte-americana têm duas casas, um automóvel e um jipe, férias na Florida e Caraíbas, boas poupanças, é porque ganham para isso e trabalham para ganhar isso e o país é suficientemente rico para proporcionar esse nível de rendimentos.

As pessoas só devem gastar de acordo com os seus rendimentos. Se todos seguirem esta regra, a começar pelos governantes, de certeza que o problema do deficit fica resolvido.

Só não concordo é que se faça esse controle sobre os rendimentos das pessoas, criando impostos e mais impostos. Deve-se implementar medidas que consigam dissuadir as pessoas de consumir de forma desenfreada e isso não passa por cortar salários e pensões. Até algum nível de educação é necessário para se conseguir resultados. Olha só para os teus amigos angolanos, a forma como gastam e toda aquela ostentação de novo-rico. Já na Escandinávia, o rendimento per capita é muito elevado e as pessoas são simples. Algumas nem sequer têm carros porque são educadas para usar transportes públicos e a rede de transportes públicos funciona. Muitos não têm casa própria porque o mercado de arrendamento funciona. E dava-te mais exemplos…. Também há uma dimensão cultural e educativa na resolução do problema do consumo.

Ora cá está um daqueles clichés que não tem nenhuma sustentação e esbarra completamente com a realidade:

"As desigualdades no mundo estão a aumentar ou diminuir? 1820, século e meio depois, em 1970, e três décadas à frente, ano 2000. Dois eixos: o eixo vertical conta milhões de pessoas, o eixo horizontal rendimentos. Os rendimentos são contados em dólares internacionais, querendo com isso dizer-se que são contados numa unidade monetária fictícia, que compra a quantidade de bens e serviços que um dólar comprava em 1990. Quando se diz que o rendimento de alguém, em qualquer lugar e em qualquer momento do tempo, é de xis dólares internacionais é dessa quantidade de bens e serviços que se está a falar.

Quantas pessoas recebiam na casa dos 500 dólares internacionais em 1820? Cerca de 250 milhões; é o ponto mais alto da curva vermelha. Se se fizer a área definida por essa curva até uma recta traçada sobre esse ponto e perpendicular ao eixo horizontal, dos rendimentos, obtém-se a totalidade das pessoas do mundo que em 1820 vivem com 500 dólares internacionais ou menos. Não é preciso fazer contas: percebe-se a olho nu que a maioria das pessoas de todo o mundo vive nesse patamar de pobreza abjecta.

Não é o caso um século e meio depois. O mundo enriqueceu bastante: há praticamente o mesmo número de pessoas a viver com 500 dólares ou menos, 250 milhões, só que a população é muitíssimo mais numerosa. A larga maioria vive com mais de 500 dólares: é toda a área definida pela curva azul à direita da recta imaginária que intersecta o eixo dos rendimentos em 500. Vivemos, então, num mundo mais rico, mas ainda profundamente desigual: uma parte dele vive naquela zona que rodeia os 500 dólares e há um outro mundo, menos populoso do que o primeiro, que se organiza em torno dos 5000 dólares, grosso modo (o nosso mundo). O que é normal nesse segundo mundo, mundo rico, era o privilégio de uma extrema minoria 150 anos antes.

Mais 30 anos. 2000. Voltamos a ter uma distribuição aproximadamente normal, ou seja, um mundo consideravelmente mais igualitário. Mais igualitário do que em 1970 e 1820, mas além disso incrivelmente mais rico: a curva desloca-se toda ela para a direita, onde se encontram os rendimentos maiores. O valor mediano anda - vê-se a olho nu - por volta 3.000 dólares.

O capitalismo tem sido isto: uma fábrica de riqueza e igualdade crescente. "



O texto é longo mas merece ser lido. Destrói muitas das falácias sobre o capitalismo.

Nota: não tenho maneira de linkar a fonte, por isso apenas coloquei entre aspas.

PS: se alguém quiser ir verificar este e outros gráficos, é ir aqui: http://ourworldindata.org/data/growth-a ... -citizens/

Pedro

faz-me um favor ... consulta os livros primeiro sff ... é exactamente ao contrário

nós europeus produzimos mais que os americanos e consumimos menos que eles

***

a grande diferença entre a Europa e o Resto do Mundo é o Estado Social

a Europa sozinha despende 50% das despesas sociais do mundo inteiro
a Europa é a maior potência económica tanto a produzir como a exportar

a Europa é um gigante com pés de barro ... por questões políticas e de segurança

continuamos a ser um exemplo para todo o mundo ... liberdade, democracia, desenvolvimento, cultura, bem-estar etc etc

Não tenho dúvidas que o capitalismo cria riqueza e que ajudou muitos povos a sair do limiar da pobreza. Os dados do gráfico comprovam isso mesmo.

Lembro-me de há uns anos quando o Reino Unido entregou Hong-Kong à China e a Margaret Thatcher foi questionada por um jornalista britânico qual era a parte positiva dessa medida uma vez que não iam lutar como fizeram no caso das Malvinas. Ela respondeu com aquele estilo próprio dela: “ We can build prosperity. Look at USA, South Africa, Australia and Hong Kong. We managed to create wealth in the places where we have been… ”
O capitalismo puro cria riqueza com desigualdades mas cria. Eu condenei o capitalismo selvagem porque esse cria riqueza e miséria ao mesmo tempo, porque as desigualdades são muito maiores. O maior driver do capitalismo selvagem são os Mercados.
Eis alguns exemplos do capitalismo selvagem:

- ninguém consegue controlar os cartéis que dominam os preços dos combustíveis, das telecomunicações e da energia eléctrica

- todos os anos a maior parte dos preços dos bens de consumo aumenta com a desculpa da inflação, mas nós sabemos que muitas vezes esses aumentos são para remunerar os accionistas da Sonae, da Jerónimo Martins, da Lusoponte, da Brisa, da Galp, da EDP, da PT, etc….

- se há um furacão nas Caraíbas (Katrina, por exemplo) ou um atentado no Médio-Oriente o preço do barril de petróleo dispara porque os mercados são sensíveis. No entanto se se descobrem mais reservas de petróleo no mar do norte, ou no Brasil, como já aconteceu, ou se descobre alguma forma de energia renovável o preço do petróleo não baixa

- se há um ano de seca, o preço da electricidade sobe porque as barragens ficam vazias, o preço do pão e dos cereais sobe mas se no ano seguinte chove, os preços não descem. Pior, se houver cheias, então os preços ainda sobem mais porque houve inundações nos campos agrícolas

- se há alguma instabilidade política num país da zona euro, algumas acções deslorizam de imediato porque os mercados andam nervosos mas se a situação normaliza os preços dessas acções não voltam a subir na mesma proporção com que desvalorizaram
...

Mais exemplos haveriam para dar. É este capitalismo selvagem que eu detesto e que tem que ser banido ou então controlado devidamente.