O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, apresentou a demissão esta terça-feira, avançou a TVI.

A decisäo «é irrevogável», adianta Portas em comunicado.

Paulo Portas contesta a escolha de Maria Luís Albuquerque para a pasta das Finanças, depois de a saída de Vitor Gaspar, com quem tinha «conhecidas
diferenças políticas», «permitir abrir um ciclo político e económico diferente», sublinha o líder do CDS/PP.

«A escolha feita pelo primeiro-ministro teria, por isso, de ser especialmente cuidadosa e consensual.(...) Expressei, atempadamente, este ponto de vista
ao Primeiro-Ministro que, ainda assim, confirmou a sua escolha [de Maria Luís Albuquerque]. Em consequência, e tendo em atençäo a importância decisiva do Ministério das Finanças, ficar no Governo seria um ato de dissimulaçäo.
Näo é politicamente sustentável, nem é pessoalmente exigível».

Leia o comunicado na íntegra


1. Apresentei hoje de manhã a minha demissão do Governo ao Primeiro-Ministro.



2. Com a apresentação do pedido de demissão, que é irrevogável, obedeço à minha consciência e mais não posso fazer.



3. São conhecidas as diferenças políticas que tive com o Ministro das Finanças. A sua decisão pessoal de sair permitia abrir um ciclo político e económico diferente. A escolha feita pelo Primeiro-Ministro teria, por isso, de ser especialmente cuidadosa e consensual.



4. O Primeiro-Ministro entendeu seguir o caminho da mera continuidade no Ministério das Finanças. Respeito mas discordo.



5. Expressei, atempadamente, este ponto de vista ao Primeiro-Ministro que, ainda assim, confirmou a sua escolha. Em consequência, e tendo em atenção a importância decisiva do Ministério das Finanças, ficar no Governo seria um acto de dissimulação. Não é politicamente sustentável, nem é pessoalmente exigível.



6. Ao longo destes dois anos protegi até ao limite das minhas forças o valor da estabilidade. Porém, a forma como, reiteradamente, as decisões são tomadas no Governo torna, efetivamente, dispensável o meu contributo.



6. Agradeço a todos os meus colaboradores no Ministério dos Negócios Estrangeiros a sua ajuda inestimável que não esquecerei. Agradeço aos meus colegas de Governo, sem distinção partidária, toda a amizade e cooperação.




Paulo Portas
Lisboa, 2 de julho de 2013

e os sinos começaram a tocar ...

Juro da dívida dispara com demissão de Portas

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/juro-da-divida-dispara-com-demissao-de-portas=f817745#ixzz2XuFdhuyZ

O Coelho vai falar as 20h ! Pode ser que se lembre de ir embora do governo

Isso é que era bom!

Razão tinha o confrade kwacha quando ontem " advinhava " que o sr. Silva não ia ter férias este ano

ainda hoje saber que ( alguns nem todos ) lhe podem chamar " senhor do circo " só lhe resta também bater com a porta

tristes políticos que não souberam honrar a memória de um grande Homem

capitão Salgueiro Maia

http://www.vidaslusofonas.pt/salgueiro_maia.htm

Já ninguém se acredita em eleições legislativas em 2015. Teremos eleições em breve...

Eu sempre achei que no dia que o Portas fosse embora do governo , como aconteceu agora , que o governo ia cair ! Vamos ver se é mesmo assim !

Oh confrade claro que o seu raciocínio está correcto afinal não foi por isso que ele andou nas feiras a pedir votos no CDS para ser o partido
" charneira " para as grandes decisões ... faz lembrar o Barroso com o país de " tanga " escapou-se à justa para não ficar sem ela ...

CDS ausente da tomada de posse de Maria Luís

http://videos.sapo.pt/ACnd3nnUzDFM9MzJuqdH

duas perguntas muito simples:

a) esta senhora quando recebeu o convite do PPC, não lhe perguntou se a escolha tinha o apoio explícito de PP ?

b) e o Cavaco também não perguntou ao PPC se o parceiro PP estava de acordo ?


eu não compreendo a impreparação e a incapacidade desta gente !!!
é absolutamente confrangedor a pouca inteligência táctica !

neste momento julgo que Paulo Macedo já bateu com a porta ... não está para aturar tanta burrice junta ...

Tivesse o Cavaco alguma vez tido entre as pernas mais do que duas castanhas piladas, a solução seria um governo de iniciativa presidencial/salvação nacional com gente técnica e politicamente credível e o apoio partidário (embora relutante e envergonhado) dos habituais "3 da vida airada". Aliás, desde há 2 anos que o devia ter feito em vez de convocar eleições e, agora, mesmo que tivesse colhões, já é capaz de ser tarde de mais.

Indo para eleições teremos o Passos Coelho versão II aka Seguro.

Chamem-me pessimista mas estamos tão fodidos!...

Isto não é bom para o país nem para as pessoas.

Desde os tempos de Sá Carneiro que oiço “Uma maioria, um governo e um presidente”. Agora que conseguiram isso deitam tudo a perder?

Depois de todo o esforço feito pela população nestes últimos dois anos em termos de carga fiscal e outras medidas de austeridade fica a questão, para quê que serviu? Agora tudo vai ficar pior. Os juros da dívida vão disparar, as novas medidas de austeridade ainda vão ser piores e o desemprego ainda vai aumentar mais.

Pena o Gaspar ter ido embora porque tinha-o em muito boa conta. O tempo fará justiça. Basta lembrar aquela máxima que diz “A seguir a mim virá quem bom de mim fará”.

Voltando ao Portas, estes meninos do CDS/PP fazem-me lembrar uns tipos que conheço no mundo empresarial, onde deixam um indivíduo progredir livremente. Passa de team leader a manager, de manager a director e quando está prestes a passar de director a administrador, tiram-lhe o tapete. Foi mais ou menos isto que o Portas fez ao Passos Coelho.

Em parte o Portas até poderá ter razão porque a nova ministra estaria na mesma linha de continuidade de que ele discorda e além disso tinha mais dois handicaps: estava ligada à questão das swaps e obteve uma licenciatura numa universidade de credibilidade duvidosa. Se há pasta ministerial em que é preciso ter uma formação técnica e científica sólida é a das Finanças. Cargos como ministro dos Assuntos Parlamentares ou da Administração Interna podem ser preenchidos por qualquer político vendedor de carros, mas Finanças o know-how ou savoir-faire têm que lá estar.

Alguém acredita que o governo será capaz de apresentar dentro de quinze dias as tais medidas de corte dos 4 mil milhões e da Reforma do Estado com que se comprometeu junto da troika? Estamos bem lixados...

, a solução seria um governo de iniciativa presidencial/salvação nacional com gente técnica e politicamente credível e o apoio partidário

Em teoria, até o desejo, daria estabilidade, confiança, etc...

Não sei é se é constitucional.

Já houve 2: Nobre da Costa e Pintasilgo. O presidente escolhe o 1º ministro que forma governo a apresenta o programa à AR. Esta aprova ou não.

No meio de um resgate internacional, foram incapazes de se comportar como homenzinhos.

"No caso da TSU e afins, Pedro Passos Coelho não respeitou o parceiro de coligação e, na resposta, Portas não manteve o nível institucional. O filme repetiu-se agora. É evidente que Passos não quis saber da opinião de Portas sobre o substituto de Gaspar. E também é evidente que Portas colocou qualquer coisa à frente dos interesses do país. A escolha de Passos é altamente questionável, mas lançar o país no caos, fazer os juros disparar e, dessa forma, convidar o segundo resgate é ainda mais questionável."


Agora são os gregos que poderão dizer: "não somos Portugal".

"O governo que passou dois anos a dizer que não podemos ser a Grécia, estabeleceu um novo paradigma para a loucura política. A carta de demissão de Vítor Gaspar foi um beijo de morte de um narcisista absoluto, a escolha de Maria Luís uma loucura que ficará na história, ultrapassando os piores momentos de quase todos os governos anteriores. Portas não saiu de um governo. Saiu de um comboio desgovernado a caminho de um muro de betão. Saltou em andamento para se salvar, claro, mas também para salvar o seu partido. Se o país se salva logo se vê."

Sim, mas onde isso já vai.

As normas da constituição que disciplinam essas matérias não são diferentes hoje?

Ou vi a opinião de um jurista neste assunto e o que ele disse é que a constituição não o permite...