No publico nao se trabalha
No privado è que se trabalha
Errado esta ideia

Depende de que atividade estamos a falar

Quando no publico se passou das 35 pra 40h sem aumento de ordenado foi mal pensado e mal executado por ex na saude
Com as 35h na saude oficialmente nao havia hora de almoço o pessoal desenrascava_se
Com as 40 passou a haver
Nao se ganhou nada em termos de produçao
So se perdeu houve quem baixasse o ritmo de trabalho
È apenas um ex
Para alem disso um medico ou enfermeiro ja ganhava pouco para os riscos que corre
Com as 40 horas passou a ganhar menos
Muitos foram pra inglaterra como ppc mandou


Agora o pessoal dos ministerios autarquias fundaçoes institutos etc etc è que encarnam o verdadeiro espirito publico e ai ninguem corta

Essa ideia de que quanto menos se paga ao funcionario melhor nao resulta
No privado ha premios e bonus o que estimula a produçao

http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/carlos_rodrigues/detalhe/a_goleada_de_costa.html

Nao concordo com esta simplificaçao
Mas pdc e portas ja mereciam a nacionalidade alemã pela sua dedicaçao

Quando digo isto
Agora o pessoal dos ministerios autarquias fundaçoes institutos etc etc è que encarnam o verdadeiro espirito publico e ai ninguem corta

Nao havera la muitas prateleiras ? era ai que se devia cortar
Sera que o numero dessas instituiçoes nao è exagerado para um pais tao pequeno

O número de organizações tem a ver com a organização do Estado - e agora chegamos à reforma e atualização do Estado, que não se faz.

Recentemente tivemos um vice PM ridículo que fez um powerpoint sobre o assunto - e ficou-se por aí. É muito pouco.

E esse fulano ridículo é endeusado por muita gente. Os portugueses são muito pouco criteriosos.

Independentemente de privados e públicos, Portugal tem um problema grave de produtividade.

Tal como propõe a direita, os aumentos salariais deviam ter em conta este problema, para a esquerda é algo de somenos e isso é culpa da incompetência dos patrões.

Mas isto é tema que devia ser debatido e discutido.

Quanto à estafada reforma do estado é imprescindível, mas dificilmente será feita, envolve muitos factores, afecta muitos interesses e muitos lobbys.

Talvez num próximo resgate, esta seja feita...

Jolinho,

Dizes que passar de 35 horas para 40 sem qualquer compensação adicional é esclavavismo. Então e aumentar os funcionários públicos por exemplo em 10% num país com défice de 9% o que é? Criminoso? Quando os funcionários públicos nos tempos áureos foram sendo aumentados desmesuradamente não vi que o horário fosse aumentado. Mas quando tem de se aumentar o horário dizes que tem de se aumentar o vencimento.

A minha interpretação para público e privado é a seguinte. Estamos numa boa maré, damos benefícios e aumentos. Estamos numa fase má apertamos. O curioso é que os trabalhadores chamam-lhe direitos adquiridos pois segundo os sindicatos foram conquistados, mas se a entidade patronal não está bem não há cá negociações, direitos adquiridos são direitos adquiridos.

Pensamento das pessoas, lucros são a dividir por todos, prejuízos paga-os o patrão.

Também há patrões que pensam exatamente ao contrário. Lucros para eles e quando há prejuízo toca a tirar aos trabalhadores.

Quer seja no público ou no privado tem de haver um meio termo. Existe hoje muita irresponsabilidade dos sindicatos. Nada neste país justifica passar os funcionários públicos de 40 para 35 horas, não agora.

Atenção que nada tenho contra os funcionários públicos, muito pelo contrário (na maioria dos casos), mas irritam-me as beneces por decreto em vez de por mérito. A produtividade deveria ser recompensada, não apenas o tipo de vínculo laboral.

a Reforma do Estado e a Reforma do Sistema Político ... só poderão avançar com a Revisão Constitucional
a Revisão Constitucional só poderá avançar ... com a conjugação de vontades ... no tempo ... de PSD e PS

PSD e PS ... só estarão disponíveis para esse efeito ... quando ocorrer ... uma ... de duas circunstâncias
uma afronta eleitoral das franjas do espectro eleitoral (PP/BE/PC) ... ou através de uma ameaça externa

a par da Reforma do Estado e da Reforma do Sistema Político ... é absolutamente essencial ... uma nova Estratégia na Política Externa
a inserção de Portugal nos espaços políticos e económicos ... é tão vital para o nosso bem estar comum ... como as restantes reformas

Não é num resgate, que um resgate é uma coisa tosca, feita de cortes cegos para chegar num instante a um certo valor.

A reforma do Estado é algo que moderniza o Estado, o torna mais justo, eficaz e eficiente e aproxima a administração dos cidadãos. Como tal, é algo que não interessa a muita gente e a muitos grupos com interesses instalados - e que até nem interessa a quem só tem a ganhar com ela.

Portugal tem um problema de instituições, sejam elas públicas ou privadas. A qualidade das instituições está diretamente relacionada com a maturidade e o estádio de evolução de uma sociedade. Naturalmente - nós que tínhamos 33% de analfabetos há quarenta anos - perdemos muito em relação aos mais avançados, e, para ajudar, fazemos pouco para diminuir essa distância.

Essa é uma das maiores falácias e todos persistimos nela. Revisão constituição e reforma do estado têm quase nada a ver uma com a outra. Pode-se reformar profundamente o Estado sem ter que mexer na Constituição.

As constituições têm todas formatos de base muito semelhantes e não é isso que impede outros países de serem muito mais desenvolvidos do que nós.

Não nos confundamos. Passar de 35 para 40 horas sem aumento de retribuição é passar a usar trabalho escravo - aqui ou em qualquer parte do mundo, chova ou faça sol, seja no público, seja no privado.

E ninguém aumentou os funcionários públicos 10%. (Eu já não vejo um aumento há uns bons anos - e desde 2008 até agora perdi 700 Euros líquidos por mês no meu vencimento).

Jolinho

estás a fazer confusão entre ... Reforma do Estado ... e Modernização Administrativa

vou te dar 2 exemplos recentes do que é REFORMAR e não MODERNIZAR

1) as eleições presidências ocorreram no dia 24 de Janeiro e o novo presidente só tomará posse no dia 9 de Março ... 50 dias não é aceitável

2) no dia 25 de Janeiro, no dia seguinte a ter sido eleito um novo presidente, o actual vetou leis da assembleia da republica ... não é aceitável

estes exemplos estão previstos na nossa constituição ... mas são anacrónicos e politicamente inaceitáveis

posso dar 50 exemplos de alterações no funcionamento do Estado que exigem uma Reforma Constitucional

Jolinho,

Eu disse "por exemplo em 10%".

Em relação á perda de retribuição a partir de 2008, eu respondo-te com o crescimento galoponico de vencimentos nos tempos do Cavaco e do Guterres. Os políticos, com o dinheiro vindo da Europa tentaram comprar os votos da função pública sem ter a mínima visão do futuro.

Hoje é vergonhoso vermos alguns funcionários públicos a trabalharem (ou a fingir) e a ganharem absurdos e depois ao lado estão pessoas a recibos verdes e a receberem 500€, fazendo muito mais que as prima donas com horários e vencimentos principescos.

Isto é mais escandaloso a nível autárquico e em algumas empresas estatais. Todos temos um primo, tio ou vizinho que trabalha na função pública e passa a vida em casa.

Excluo aqui muito do setor da saúde, onde vejo as pessoas a trabalharem e os cortes cegos a prejudicarem o serviço para além da conta.

Primo, tio, vizinho, onde andam vocês?...

Kwacha

Estou de acordo contigo - e os exemplos que dás são bem ilustrativos do teu ponto de vista. O meu post referia-se a reforma do Estado naquilo que ele tem de administração e gestão, o que é uma coisa diferente.

Posso até acrescentar um ponto ao que disseste: a rapidez com que os gregos - esses desorganizados - fazem um referendo. Imaginemos o que seria no nosso caso.

Meu Caro

Ainda ontem cruzei no Metro com um profissional da saúde que ganha no SNS 25.000 euros mensais, "tudo legal" e que passa a vida mas é a fazer política. (Álvaro Beleza).

Os aumentos de vencimentos do tempo do Cavaco aconteceram porque houve a transição de um sistema em que os funcionários não pagavam impostos para um sistema com impostos; claro que isso aumentou os vencimentos ilíquidos significativamente em muitos casos. E também aconteceu porque, aquando da adesão à UE, os vencimentos praticados no estado foram considerados indignos (e eram) e fator de ineficiência e ineficácia.

Vamos sair da saúde. Sabes quanto ganha um diretor-geral? Menos de 5.000 Euros ilíquidos, já com o acréscimo para despesas de representação. Um quadro superior no topo da carreira ganha pouco mais de 3.000 Euros ilíquido; um diretor de serviços ganha menos do que isso. Se isto é muito dinheiro, eu vou ali e já venho. (Estou a falar na malta que lida com os dossiers sensíveis e especializados).