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 Fundos de Investimento 
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Confrade

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Mensagem Fundos de Investimento
Fundo de investimento

Um fundo de investimento é, uma forma de aplicação financeira, formada pela união de vários investidores que se juntam para a realização de um investimento financeiro, não possuindo personalidade jurídica,e sendo constituído tal qual um condomínio, visando um determinado objetivo ou retorno esperado, dividindo as receitas geradas e as despesas necessárias para o empreendimento.
A administração e a gestão do fundo são realizadas por especialistas contratados. Os administradores tratam dos aspectos jurídicos e legais do fundo, os gestores da estratégia de montagem da carteira de ativos do fundo, visando o maior lucro possível com o menor nível de risco.
Dependendo do tipo de fundo, as carteiras geralmente podem ser mais diversificadas ou menos diversificadas, podendo conter ativos de diversos tipos tais como ações, títulos de renda fixa (CDBs), títulos cambiais, derivativos ou commodities negociadas em bolsas de mercadorias e futuros, títulos públicos, entre outros. Todo o dinheiro aplicado nos fundos é convertido em cotas, que são distribuídas entre os aplicadores ou cotistas, que passam a ser proprietários de partes da carteira, proporcionais ao capital investido. O valor da cota é atualizado diariamente e o cálculo do saldo do cotista é feito multiplicando o número de cotas adquiridas pelo valor da cota no dia.

Vantagens de investir em fundos

Uma das principais vantagens de se investir em fundos é a comodidade para o investidor, que prefere deixar sob os cuidados de especialistas a gestão de seus recursos.
As equipes de gestores acompanham e analisam o mercado diariamente em busca de boas oportunidades de investimento, o que muitas vezes o investidor não tem tempo nem condições de fazer. Em virtude do volume de dinheiro que capta, o fundo consegue taxas mais vantajosas em várias operações do que um pequeno e médio investidor individualmente conseguiria.
Em geral, os fundos são investimentos com alta liquidez, o que permite, na grande maioria dos casos, saques a qualquer momento sem qualquer tipo de carência (a maioria dos fundos se reserva 3 dias úteis para liberar o dinheiro do investidor). A exceção mais importante é no caso dos fundos fechados, os quais não admitem resgate de cotas, apenas a venda das cotas no mercado secundário.

Rentabilidade

A rentabilidade de cada fundo é determinada pela estratégia de investimento adotada pelo gestor, que deve respeitar as características definidas no seu regulamento. Existem fundos conservadores e fundos mais agressivos com diferentes graus de risco definidos de acordo com seu objetivo.
Se um fundo conseguir rentabilidade de 3% em um mês, todos os cotistas terão a mesma valorização, independentemente do valor aplicado. As taxas e impostos têm grande importância na rentabilidade do fundo, portanto, vale a pena ficar atento às taxas cobradas, que variam de acordo com o fundo e com a instituição.
Na maioria dos fundos é adotado o esquema 2/20. Tal esquema consiste na cobrança de uma taxa de administração de 2% do valor depositado por ano e 20% da receita que exceder o índice no qual o fundo referencia sua rentabilidade (de modo geral o CDI).

Risco

A carteira de ativos de um fundo de investimento é geralmente formada por ativos de diversos tipos, com diferentes graus de risco. O risco total da carteira do fundo é repassado ao aplicador ou cotista do fundo. O risco não deve ser tido em conta apenas no tempo presente mas também em função do tempo crescente. A contribuição de um título (ação, obrigação, títulos de tesouro, etc.) para o risco de uma carteira bastante diversificada depende da sua própria sensibilidade às possíveis variações de mercado. A esta sensibilidade, chama-se habitualmente de "beta". Um valor mobiliário com um beta de 1,0 apresenta um risco de mercado médio (uma carteira bem diversificada desses valores tem o mesmo desvio-padrão do índice de mercado). Das carteiras com um beta de 0,5%, dizemos que têm um risco de mercado inferior à média (uma carteira bem diversificada desses valores tende a oscilar de um meio em relação aos movimentos de mercado, para além de apresentar-se com metade do desvio-padrão do mercado. O risco de um fundo de investimento pode ser definido como o grau de incerteza na obtenção do retorno esperado investindo em um determinado fundo. Dessa forma, os fundos podem ser classificados como de baixo, médio e alto risco. Geralmente, fundos de baixo risco apresentam um maior nível de segurança ao investidor, mas em contrapartida costumam ter um retorno menor. Fundos de alto risco, por outro lado, podem trazer um retorno mais alto, mas com um grau muito maior de incerteza, podendo até mesmo trazer prejuízos aos investidores.

Fonte : Wikipédia

:smt023

14 Mar 2014

 
 
Confrade

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Mensagem Re: Fundos de Investimento
Por falar em riscos cambiais versus ‘hedging’ :!:

QUESTÃO DO LEITOR: FUNDOS COM PROTECÇÃO CAMBIAL

“O gestor de conta disse-me que devia preferir fundos com protecção cambial para não correr dois riscos, a rentabilidade do fundo e a cambial.
É assim?”

Factor cambial

As boas (e as más) perspetivas sobre a evolução das taxas de câmbio estão incorporadas nos nossos conselhos relativos às carteiras de fundos. Portanto, ao recomendarmos um fundo de investimento, no seio de uma carteira diversificada, é porque antevemos uma valorização dos ativos em que o fundo investe e a apreciação da moeda local face ao euro ou, pelo menos, que o comportamento futuro do valor da divisa não será demasiado penalizador. Com esta premissa de avaliação, atualmente os fundos aconselhados não seguem estratégias de cobertura do risco cambial. Se o fizessem, protegiam-se contra uma depreciação, mas também retiravam o potencial de ganho pela via cambial.

Moeda de denominação versus ‘hedging’

Há, no entanto, alguma confusão em torno das estratégias de cobertura cambial (hedging). A grande maioria dos fundos apresenta classes denominadas em várias moedas: por exemplo, o Nordea Swedish Bond E é comercializado pelo Best Bank em coroas suecas (SEK) e em euros (EUR). Contudo, trata-se exatamente do mesmo fundo, não havendo estratégia de cobertura do risco cambial. A rentabilidade obtida pelo investidor, medida em euros, será praticamente igual optando pela classe em SEK ou em EUR (excepto para efeitos fiscais ). Nos últimos três anos, ambos obtiveram um ganho anualizado de 3%.

Já os fundos que implementam efetivamente a estratégia de cobertura de risco cambial, além de estarem denominados em euros, incluem, na sua designação, a expressão hedged. Estes fundos eliminam os efeitos positivos e negativos das taxas de câmbio, mas têm custos com a compra de instrumentos financeiros específicos, o que se refletirá negativamente na rentabilidade.

Impacto fiscal

A taxa de imposto, relativa à tributação dos ganhos em fundos, incide sobre a variação do valor das unidades de participação em que o fundo se encontra denominado e não sobre a valorização medida em euros. Por isso, é possível que o investidor registe uma menos-valia em euros, mas tenha de pagar imposto porque o fundo se valorizou na moeda de denominação. Mas o inverso também é verdade, pois um fundo pode propiciar uma elevada mais-valia em euros e o investidor até não ser tributado, caso o valor das unidades de participação na moeda do fundo não registar valorização. Daqui se conclui que é preferível subscrever um fundo denominado na moeda local sempre que se antecipe uma apreciação dessa divisa face ao euro. Por isso, quando consideramos que o efeito cambial não será negativo, optamos por fundos denominados na moeda local.

Infelizmente no caso do fundo Nordea Polish Bond E PLN, que será liquidado prematuramente, a sua evolução em 2013 e em zlótis polacos foi positiva (+1,2%), mas convertida em euros foi negativa (-0,7%), devido à queda da moeda polaca. Por isso, no resgate haverá encargos fiscais apesar de registar uma menos-valia em euros.

Fonte : Proteste Investe

:smt023

01 Abr 2014
Confrade

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Mensagem Re: Fundos de Investimento
FUNDOS DE AÇÕES DA CHINA SÃO INCONTORNÁVEIS

O país mais populoso do mundo deve continuar a merecer o seu investimento. Os desafios que se colocam actualmente à China serão superados.

Ao contrário de outras economias emergentes, o modelo de crescimento chinês tem uma forte componente estatal. Embora a iniciativa privada e o investimento estrangeiro sejam fomentados, as maiores empresas da China são controladas directa ou indirectamente pelas autoridades de Pequim. Por exemplo, existem restrições na mobilidade das pessoas dentro da China e para os territórios de Hong Kong e Macau.

O valor do iuane nos mercados cambiais continua a ser determinado pelo banco central, o qual permite apenas pequenas flutuações. De facto, a política cambial chinesa é o principal alvo das críticas dos Estados Unidos da América.

Autoridades põem pé no travão

Depois de a China ter atingido o segundo lugar mundial em termos do produto interno bruto, o Governo chinês está a travar um estilo de crescimento que considera já não ser sustentável. Por um lado, a aposta excessiva nas exportações de bens de consumo criou dependências face à conjuntura internacional. Por outro lado, o investimento desenfreado, sobretudo no sector imobiliário, potencia o surgimento de bolhas especulativas com desfechos nefastos.

O Estado chinês também controla a concessão de crédito e já deu sinais de que não intervirá sempre para salvar as empresas locais. Com esta postura pretende que os agentes tenham uma noção mais real do risco e que actuem em conformidade com isso. O objetivo global é reduzir o peso dessas componentes e aumentar o consumo das famílias.

Recursos acumulados

O Estado aproveitou o boom para acumular recursos e as empresas chinesas investiram muito no estrangeiro, nomeadamente em países ricos em matérias-primas. Mas não só: a entrada na EDP e a compra da actividade seguradora da CGD são exemplos próximos da expansão da China.

Esta actividade mostra que o país possui os meios financeiros necessários para realizar a transição do modelo económico sem grandes sobressaltos. As bolhas que surgiram em vários sectores poderão ser esvaziadas gradualmente pela intervenção e com os recursos do Estado. Não obstante, há riscos. Até que ponto o dirigismo estatal poderá corrigir os desequilíbrios criados? A China conseguiu-se desenvolver juntando as virtudes da economia de mercado com o planeamento do Estado, mas fazê-lo com sucesso de forma permanente é altamente ambicioso.

O abrandamento da China decepcionou muitos investidores e penalizou a bolsa. No entanto, consideramos que o ajustamento em curso é necessário e benéfico para o longo prazo. Mesmo que o crescimento fosse de “apenas” 5%, a China continuaria a ser uma boa opção.

Um grande salto em frente na carteira

Como mercado emergente que é, a China tem um nível de risco acima da média. Acresce-se que a actual mudança no modelo de crescimento é outro factor de incerteza. No entanto, as autoridades dispõem de vastos recursos para manter o crescimento económico num nível elevado mas sustentável. Pela sua dimensão demográfica, geográfica e económica, a China não pode ser ignorada quando se aborda a temática dos investimentos. Ponderando potencial e risco, aos níveis actuais, o mercado accionista está correto.

Fonte : Proteste Investe

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27 Jun 2014
Confrade

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Mensagem Re: Fundos de Investimento
FUNDOS NO BEST VERSUS CRISE NO BES

“Tenho lido sobre o GES, o BES...e ainda não vi onde se situa o Best Bank. Os depósitos estão seguros? Tenho lá fundos de investimento . É de recear?”

Em termos de estrutura, o Best Bank é detido em 75% pelo BES e em 25% pelo banco dinamarquês Saxo Bank.

Independentemente dos seus accionistas, o Best possui um bom nível de solvabilidade. Com efeito, de acordo com as últimas contas anuais publicadas, em Dezembro de 2013, o rácio Core Tier 1 atingiu 21,8%, situando-se bastante acima do valor mínimo de 10% exigido pelo Banco de Portugal à banca nacional.

Na última análise sobre o risco dos depósitos bancários, publicada em Novembro do ano passado, só o Best Bank e o BiG reuniam as condições para poderem ser classificados como os mais seguros.

Aqui viewtopic.php?f=557&t=46762&start=15 em SEGURANÇA DOS DEPÓSITOS

Fundos ainda mais protegidos

Pelos motivos referidos, não existe nenhuma razão objectiva para estar preocupado com a segurança dos depósitos no Best Bank. E quanto aos fundos de investimento, ainda há menos razões para alarme. Estes possuem um património autónomo e não respondem pelas dívidas do banco comercializador ou da sociedade gestora. Só em casos muito graves, envolvendo fraudes das entidades envolvidas, poderiam estar causa a integridade dos investimentos realizados em fundos. Mesmo nesse cenário catastrófico, ainda haveria mecanismos de salvaguarda, como o Sistema de Indemnização ao Investidor.

Fonte : Proteste Investe

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16 Jul 2014
Confrade

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Mensagem Re: Fundos de Investimento
Agora que muita massa anda a fugir o EX para a CGD ... o que convém saber :smt045

FUNDOS DE INVESTIMENTO CAIXAGEST

“Qual a vossa opinião sobre os produtos que me foram aconselhados pela CGD e que se podem subscrever pela Caixagest: obrigações, obrigações longo prazo e obrigações mais?”


Os produtos sugeridos são fundos de investimento da Caixagest, a sociedade gestora do grupo Caixa Geral de Depósitos. Os fundos Caixagest Obrigações (antigo Obrigações Mais Mensal), Caixagest Obrigações Mais e Caixagest Obrigações Longo Prazo têm actualmente o conselho de venda.

Além disso, apesar de aplicarem em obrigações, o funcionamento de um fundo é muito distinto do investimento directo em obrigações. Antes de pensar investir num determinado tipo de produto financeiro deve estar bem familiarizado com as suas características. Por exemplo, os fundos não garantem o capital e o risco de perda de dinheiro é real. Acima de tudo, nunca devem ser abordados como uma alternativa para quem pretende simplesmente um depósito a prazo.

Para os mais avessos ao risco, as melhores alternativas aos depósitos a prazo são os Certificados de Aforro e os Certificados do Tesouro Poupança Mais. Trata-se de produtos de dívida pública vendidos nos CTT ou subscrição directa no site do IGCP. O reembolso do capital é garantido pelo Estado e o rendimento é mais actrativo que os juros oferecidos pela maioria das contas a prazo. Contudo, têm um período inicial em que não pode mexer no dinheiro: 3 meses nos CA e 12 meses nos CTPM.

:smt023

08 Ago 2014
Confrade

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Mensagem Re: Fundos de Investimento
E como o assunto está na ordem do dia ... :smt045

Saiba mais sobre fundos.

- O que são?
- Segurança
- Liquidez
- Rendimento
- Custos
- Fiscalidade

O que são?

Um organismo de investimento colectivo em valores mobiliários (OICVM), habitualmente designado por fundo de investimento, é uma imensa carteira detida por inúmeros investidores que aplicam em comum o seu dinheiro em acções, obrigações, depósitos, etc. O conjunto do seu património é gerido por uma equipa de especialistas, a sociedade gestora, que pertence quase sempre a uma instituição financeira.

Cada investidor torna-se numa espécie de co-proprietário de uma parte da carteira total do fundo. Esta carteira é normalmente composta por acções e/ou obrigações, mas uma parcela pode também estar aplicada noutros produtos, como os depósitos bancários.

A sociedade gestora do fundo tem de respeitar a estratégia de investimento, tal como está definida no prospecto. Se este prevê que a sociedade gestora apenas pode aplicar em acções portuguesas, é interdita a possibilidade de apostar em acções de outros países ou obrigações.

A forma mais adequada de distinguir os fundos é com base nos títulos em que investem:

Fundos monetários ou tesouraria - apostam, sobretudo, em títulos de grande liquidez (depósitos a prazo, papel comercial, etc.);

Fundos de obrigações - apostam principalmente em obrigações;

Fundos de acções - fundos em que as acções predominam;

Fundos mistos - quando investem em obrigações e acções e definem barreiras para o peso das aplicações na carteira;

Fundos flexíveis - quando investem em obrigações e acções e não definem barreiras para o peso das aplicações na carteira;

Fundos de fundos - têm como particularidade uma carteira composta por UP de outros fundos;

Fundos especiais de investimento - caracterizam-se por uma grande liberdade na determinação da política de investimento;

Fundos de poupança-reforma (PPR) - têm uma composição semelhante aos fundos mistos, mas a lei atribuí-lhes um estatuto especial;

Fundos de capital garantido - oferecem uma garantia total ou parcial dos montantes investidos à custa de um menor rendimento potencial.

Segurança

Os fundos de investimento não poderiam deixar de estar sujeitos à conhecida regra financeira: quanto maior o risco, maior a rentabilidade. Mas a verdade é que, nos fundos, nem todos os riscos são da mesma natureza. Uns provêm do mercado onde se investe, outros da própria gestão do fundo.

Como nem todos os fundos têm a mesma composição, nem todos correm os mesmos riscos. Uns apostam na rentabilidade e, por isso, correm um risco maior. É o caso dos fundos de acções portuguesas ou internacionais. Outros, como os fundos de tesouraria euro, apostam na segurança e, por isso, o rendimento a esperar é, forçosamente, mais reduzido, embora também mais regular.

Isto acontece porque os fundos de investimento não são aplicações que garantam, à partida, uma determinada rentabilidade. Esta está intimamente relacionada com as características dos títulos e dos mercados financeiros em que investem. O risco consiste, sobretudo, na possibilidade de não reaver a totalidade do dinheiro investido, devido à oscilação do valor dos títulos.

Portanto, o risco de cada fundo está dependente, sobretudo, da composição da sua carteira. Um fundo de acções é sempre mais arriscado do que um fundo de tesouraria: ninguém ignora que se correm mais riscos ao investir em acções do que em depósitos a prazo.

Contudo, é preciso não esquecer que, salvo algumas excepções, os fundos de investimento não garantem nenhum tipo de rendimento, nem o reembolso do capital investido. Esta regra é válida mesmo para os fundos à partida pouco arriscados, como os de tesouraria.

Também pode acontecer que o fundo seja mal gerido e perca parte do seu valor. Trata-se de um outro tipo de risco, directamente relacionado com a competência da sociedade que gere o fundo. Uma das formas utilizadas para contornar este problema é analisar o histórico dos fundos e das sociedades gestoras. Em princípio, as gestoras e os fundos com um bom comportamento no passado oferecem mais garantias sobre o seu desempenho futuro.

Liquidez

Para aplicar as suas poupanças em fundos de investimento, basta dirigir-se a um banco e aí preencher o impresso de subscrição. Em alternativa, também subscrever via serviço telefónico ou na Internet. Alguns também podem ser subscritos nos correios.

Montantes mínimos

O montante mínimo para investir nos fundos é um dos principais trunfos destas aplicações, pois estão ao alcance de quase todas as bolsas: bastam poucas centenas de euros para comprar unidades de participação (UP) da maioria dos fundos. O montante mínimo consta do prospecto e ronda habitualmente os 500 euros.

Em muitos fundos, está ainda prevista a existência de unidades de participação fracionadas. Isto é, o subscritor pode possuir um número não inteiro de UP.

Algumas sociedades gestoras estabelecem, não um montante, mas um número mínimo de UP a subscrever. Nesse caso, para saber quanto será necessário aplicar, basta multiplicar o preço de aquisição (afixado nos locais onde os fundos são comercializados) pelo número de unidades. Os montantes exigidos para os reforços são, regra geral, inferiores aos da subscrição inicial.

Pré-aviso de reembolso

Um aspeto bastante atrativo dos fundos abertos é a facilidade de reembolso. Tal como a subscrição, o pedido de resgate pode ser feito em qualquer agência do banco onde o fundo foi subscrito, através do serviço telefónico ou da Internet.

Todos os fundos abertos possuem uma liquidez elevada, embora raramente seja possível dispor do dinheiro no próprio dia em que se pretende fazer o resgate. O prazo para recuperar o dinheiro consta do prospcto simplificado e varia geralmente entre um e dez dias, após a data de pedido do resgate.

Fundos tesouraria euro - salvo algumas excepções, no dia útil seguinte;

Fundos de obrigações - em média, três a cinco dias;

Fundos de acções - cerca de cinco dias. Os que apostam em títulos mais arriscados, como os fundos de ações dos mercados emergentes, poderão ser superiores;

Fundos especiais de investimento - em alguns casos poderá ser superior a um mês.

Valor de reembolso

Nem sempre é possível conhecer, quando se efetua o pedido de reembolso das UP, o valor exato que se irá receber. Isso tem a ver com o dia considerado para o cálculo do valor patrimonial para reembolso: alguns fundos determinam que o dia a considerar é o do pedido, na maioria dos casos é o dia útil seguinte. Apenas pode usar como aproximação, o valor da unidade de participação já conhecido aquando da ordem de resgate.
Pode encontrar os valores patrimoniais das unidades nos principais jornais diários ou nos sites das entidades gestoras, o que também lhe permitirá acompanhar a evolução do investimento. Esse valor é calculado, na maioria dos casos, no final da tarde do dia anterior, depois do fecho dos mercados (Euronext Lisboa, por exemplo).

Prazo

À partida, um fundo não tem uma duração pré-estabelecida. Dessa forma, quem acaba por fixar o prazo da aplicação é o próprio investidor. Ou seja, a duração do investimento será o tempo que decorre entre a ordem de subscrição e a de resgate. Contudo, na prática, ocorrem algumas excepções:

Por vezes, os fundos são liquidados. Isto é, a sociedade gestora decide pôr termo ao fundo, vendendo o seu património (acções, obrigações, etc.) e entregando a cada investidor a sua quota parte;

Noutras ocasiões, o fundo pode ser incorporado noutro, através da transferência de todo o seu património. Para o investidor, este processo de fusão não traz qualquer tipo de custos nem afecta o valor total do seu investimento, embora o número de UP detidas e o seu valor unitário deverão ser diferentes dos iniciais. Existe ainda a possibilidade do fundo incorporante possuir uma política de investimento que não interesse ao investidor, devendo então proceder ao resgate das UP.


Rendimento

Os fundos de investimento, cujas carteiras são constituídas, fundamentalmente, por ações e obrigações, ao receberem dividendos e juros, também podem distribuir rendimentos. No entanto, o mais habitual é a capitalização dos ganhos e a possibilidade de mais-valias.

Estas ocorrem quando, graças a uma boa política de investimentos, o fundo aumenta o seu valor, o que se traduz por uma subida equivalente do valor das UP. Se o subscritor vender, nessa altura, as suas unidades, obtém uma mais-valia, ou seja, um ganho que corresponde (se não houver custos) à diferença entre o preço da venda e o preço da compra.

No entanto, onde há subidas também pode haver descidas: em períodos de "vacas magras", os títulos em que os fundos apostaram podem, dependendo da sua natureza, perder parte do seu valor, o que se traduz por uma perda equivalente do valor das unidades.

Investir num fundo de ações é quase a mesma coisa que aplicar em ações. Mesmo um fundo baseado numa carteira de obrigações de taxa fixa não está ao abrigo destas oscilações, porque quando as taxas de juro sobem, a cotação destas obrigações desce e, consequentemente, também descerão os valores das unidades de participação desse fundo.

O rendimento anual de um fundo é a combinação dos valores recebidos (rendimentos distribuídos) ao longo do ano e da subida/queda do valor da unidade de participação.

A escolha adequada da estratégia de investimento é essencial. Uma forma de obter um bom rendimento das suas poupanças, mantendo o risco a um nível aceitável, consiste em constituir uma carteira de fundos. Obviamente, também é possível constituir uma carteira de ações e de obrigações individuais, mas esta opção exige informação específica para a escolha dos títulos; mais tempo disponível para acompanhar diariamente a cotação dos títulos; e quantias consideráveis para assegurar uma boa repartição da carteira. Por isso, os fundos constituem, para a maioria dos investidores, a melhor opção.

A possibilidade de repartição da carteira por diferentes tipos de fundos dependerá do tempo que o dinheiro possa permanecer aplicado (ou seja, do horizonte temporal do investimento). Quanto mais dilatado for esse prazo, mais fundos de ações poderá meter na carteira. O risco das aplicações em ações e obrigações de taxa fixa vai diminuindo com o tempo. Por isso, apenas são recomendáveis a longo prazo: para tirar partido do seu dinheiro, deverá aplicá-lo, no mínimo, durante cinco anos.

Os investidores de perfil mais agressivo optarão, certamente, por fundos de ações. Os mais conservadores ou os que desejem obter rendimentos periódicos preferirão os fundos de obrigações.

Outra possibilidade é confiar o seu dinheiro às decisões da sociedade gestora, para que esta o aplique num fundo misto de ações e obrigações. Normalmente, é uma solução interessante para os pequenos investidores, mas tem um inconveniente: não é possível influenciar a repartição da percentagem de acções e obrigações, nem escolher os mercados potencialmente mais interessantes.


Custos

As remunerações cobradas pelos serviços da sociedade gestora e pelo depositário, bem como os demais custos, devem constar, expressamente, dos prospetos completo e simplificado do fundo. Há que distinguir entre as despesas deduzidas ao próprio fundo e as que são pagas diretamente pelo subscritor.

São deduzidas ao fundo:

Comissão de gestão - é cobrada periodicamente, com base num cálculo diário, e destina-se a cobrir todas as despesas de gestão. Por outras palavras, é o pagamento pelo "trabalho" da sociedade gestora;

Comissão de depósito - também é cobrada de forma periódica e serve para remunerar os serviços da entidade depositária (guarda de títulos e operações de compra e venda).

Os prospetos dos fundos têm de mencionar o valor da taxa global de custos (TGC). Esta inclui a comissão de gestão e depósito, bem como outros custos inerentes à atividade do fundo: a comissão de supervisão da CMVM, auditoria às suas contas, etc. De fora da TGC, apenas ficam os encargos de compra/venda dos títulos em carteira.

Apesar de serem deduzidos automaticamente ao fundo, estes custos influenciam o rendimento do investidor. Isso é fácil de perceber: se dois fundos tiverem um rendimento anual de 7%, mas um cobrar 1% ao ano e o outro 2%, este último terá menos dinheiro para dar ao subscritor.

Quanto mais elevados forem os custos, menor será o rendimento do investidor.

O participante tem de pagar directamente:

Comissão de subscrição - destina-se a cobrir as despesas de emissão das UP e é paga no momento da subscrição;

Comissão de resgate - é o encargo a suportar quando se recebe o dinheiro investido e o respectivo rendimento.

Estas comissões são definidas em percentagem (2% do montante a resgatar, por exemplo).

Em alguns fundos, as comissões de resgate dependem do tempo que o participante manteve as UP em seu poder. A estrutura da comissão de resgate poderá ser do tipo: 2% até 15 dias; 1% até 30 dias; 0,5% até 365 dias; 0% para mais de 365 dias.

O montante cobrado pode anular o interesse da aplicação. Por exemplo, se quiser recuperar o dinheiro ao fim de três ou quatro dias, nalguns fundos poderá não ganhar nada, noutros até poderá receber menos do que o montante investido.

Fiscalidade

Em primeiro lugar, há que estabelecer a diferença entre as obrigações fiscais do próprio fundo e as de cada subscritor. Além disso, quando os fundos são geridos por sociedades estrangeiras também existem algumas particularidades.

Fundos nacionais

No caso dos fundos sediados em Portugal, o IRS é retido aos próprios fundos. Ou seja, quando a sociedade gestora recebe os juros ou as mais-valias dos títulos em que investe, o imposto é imediatamente retido e os participantes só recebem os rendimentos líquidos do fundo. O impacto dos impostos é refletido diariamente no valor do fundo e consequentemente no valor divulgado da unidade de participação. No caso dos fundos de distribuição, como já foram tributados, o rendimento entregue ao investidor é líquido.

Fundos estrangeiros

A fiscalidade dos fundos estrangeiros é diferente da praticada para os fundos sediados em Portugal. A tributação só acontece no resgate ou quando o fundo distribui algum rendimento. Nesse momento, os eventuais ganhos estarão sujeitos a IRS, à taxa de 28 por cento. Por norma, o imposto a pagar é retido pela instituição, sediada no nosso país, que comercializa os fundos.

Esta particularidade fiscal é essencial para se calcular a rentabilidade de um fundo estrangeiro. Como a tributação só se dá no resgate, os valores apresentados para as unidades de participação e para as rentabilidades estão em termos brutos (antes de incidência do imposto).

Subscritores

Os subscritores de fundos de investimento não têm de se preocupar com o IRS. Dado que o imposto é repercutido no fundo (nacionais) e quando existe retenção na fonte a uma taxa liberatória (estrangeiros), não é necessário inscrever os ganhos obtidos com fundos na declaração de rendimentos.

Existe a opção pelo englobamento, mas só é vantajosa para quando o rendimento coletável é inferior a 7000 euros. E terá de englobar igualmente todos os restantes rendimentos incluindo juros e dividendos.

Fonte : Proteste Investe

:smt023

08 Ago 2014
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