Citando o poeta "O meu coração só tem uma cor! azul e branco"

Mas com o passar dos anos cada vez quero saber menos da bola

Sport Lisboa Benfica

Sport Lisboa e Benfica
Mas ando muito desiludida...

Não posso dizer o nome do meu clube de coração, por questões pessoais e de me identificarem, mas vou dar uma dica: é uma equipa do Campeonato Distrital 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Aveiro - Zona Sul

O meu coraçom é FCP

Não deves andar muito contente com o rumo...

Mesmo nada, mas a vida é assim. Umas vezes ganha-se, outras perde-se. Isto aplica-se ao jogo e aos dirigentes… e não é exclusivo do meu FCP, não achas Analeggins?

Tenho muito respeito por esse azul e branco, mas como penso já lhe ter dito prefiro o meu azulão cá de baixo junto aos velhos do Restelo

É interessante. Sabe que o primeiro jogo de futebol a que assisti foi um FCP - Belenenses, no antigo estádio das Antas? Lá estavam, nos idos de 50, o Matateu e o Jaburu…


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De 1956 em diante assisti a quase todos os jogos no Restelo com o FCP. Não me recordo ir às Salesias

Parece incrível mas era o clube visitante que mais enchia o Estádio e sempre, sempre nos domingos em que o FCP vinha cá abaixo, era o dia em que mais pastéis de Belém se vendiam.

Já agora o confrade sabe por que razão o Capitão da equipa do FCP coloca um ramo de flores junto ao Baixo relevo do Pepe (José Manuel Soares) acompanhado da equipa do FCP? Se não souber diga-me que eu partilho consigo.

Abraço

Ouvia dizer que foi o primeiro grande jogador do Belenenses e que morreu muito novo e que o FCP, tendo bom relacionamento com o Belenenses, sempre prestou essa homenagem a Pepe


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Em parte é verdade, mas a verdadeira razão tem a ver com um Portugal França na Constituição. Ganhamos 2 - 0 com dois golos do Pepe e nesse mesmo ano ele morre com perto de 20/22 anos. O público do Porto nunca esqueceu essa alegria da vitória sobre os franceses.

Como contrapartida da homenagem do FCP “ Os Belenenses “ quando jogavam nas Antas ou agora no Dragão, entram sempre com a bandeira do FCP aberta na horizontal transportada por toda a equipa.

Tradições que bem vale a pena manter, não esquecer e que servisse de exemplo para todos os Portugueses

O povo do Porto nunca esqueceu os 4000 que morreram afogados ao fugir das tropas francesas durante a segunda invasão em 1809.
Boas tradições a preservar, sem dúvida


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Conhecer a História é importante, fundamental para compreender o presente, e até ajudar em previsões do futuro.

Desde o tempo da Grécia Antiga, e mesmo antes, o desporto era utilizado para canalizar os sentimentos de competição e rivalidade entre grupos, clãs, cidades, tribos e nações.

Havia até tréguas nas guerras para a realização dos jogos olímpicos.
(E sempre era melhor medir forças no lançamento do martelo do que andarem às marteladas uns aos outros... Claro que depois dos jogos continuava-se a guerrear, invadir, saquear e matar...)

O futebol é uma forma de dar sentimentos de pertença a um grupo ou nacionalidade, que sempre foi uma necessidade do ser humano. Mas...

... fazer ligações entre os jogos de futebol e a história dos países é um tanto forçado, e pode ser até perigoso:
Querer a desforra:
-dos franceses que "nos" invadiram há 200 anos;
-dos espanhóis que "nos" fizeram inúmeras guerras e roubaram a independência há 400 anos;
-dos ingleses que fizeram tratados injustos e exploradores por 600 anos;
-dos italianos, ex-romanos, que "nos" invadiram há 2000 anos;
-dos marroquinos que "nos" sequestraram o D. Sebastião há 400 anos, e ainda não devolveram;
-dos holandeses, que "nos" guerrearam há 400 anos;
etc.etc.etc.
...pode não ser muito justo para quem não era nascido na época, e aliás, pode até também levantar questões sobre o passado dos "nossos" egrégios avós...

Transpor para o desporto do presente conflitos e guerras do passado é eternizar rancores e ódios que vêm de quando nenhum de nós era nascido. É dividir o mundo e descriminar os seres humanos, neste caso não pela cor da pele, mas pela cor do passaporte, ou da bandeira, ou da camisa.

As guerras do passado tiveram quase sempre motivações económicas, mas foram sempre usados sentimentos inculcados, de nacionalismos, ou regionalismos, ou outros ismos.

Hoje em dia é o clubismo.

Tem os seus heróis históricos e os seus vilões ou traidores à causa...

Em fenómenos frequentes, o herói passa a vilão, por vezes num instante...

O Eusébio da minha infância era um herói de todos na seleção e na Luz, mas simultaneamente um vilão quando jogava em Alvalade ...

O Jardel da minha maturidade, depois de anos como herói nas Antas e vilão em Alvalade, foi ser herói em Alvalade e vilão nas Antas...

O CR7 da minha meia idade foi um herói nacional em Julho, mas em Setembro marcou um golo pelo seu clube em Alvalade e passou a ser, na expressão de um amigo, o cabrã* do Ronaldo...

A nível nacional, há uns anos, o curioso caso da vitória festejada, sobre o Brasil, com o golo do brasileiro naturalizado português...um caso de Euforia Nacionalista Desportiva Esquizofrénica, ou ENDE, com vários casos semelhantes, mundo afora.

Há muito para refletir sobre isso tudo, para quem for dado a reflexões...

Sobre a pergunta do tópico: fui feito sócio do Sporting dois dias depois de nascer. Fui à bola desde pequeno. Quando tinha idade para pensar por mim, decidi ser eu próprio a escolher de que grupos faria parte. Nunca passei a apoiar outro clube, mas nos anos 90, no mandato de um certo presidente, cheguei a torcer para o SCP perder. Hoje em dia vejo futebol, porque traz emoção, e a minha simpatia vai para o SCP, mas só se jogarem bem; se estiverem a ganhar 2-0 torço para os outros marcarem um golo, para dar mais emoção. Se o Braga ganhar o campeonato ficarei contente, porque nunca ganhou. O meu coração não quer fanatismo. Nem rancores históricos.