Praxe: Relação do Porto dá razão A aluna sujeita a carregar arreios de um burro e a simular orgasmos
Piaget indemniza caloira
O Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros foi condenado, pelo Tribunal da Relação do Porto, ao pagamento de 38 540 euros a uma antiga caloira que, em 2002, foi sujeita, entre outros actos, a suportar arreios de um burro e a simular orgasmos com um poste e uma planta.

A Relação, em acórdão datado de 24 de Novembro, justifica a indemnização com a atitude "omissa e negligente" do Piaget faça às humilhações de que Ana Sofia Damião, hoje técnica de farmácia, foi alvo enquanto caloira.

"Há um nexo de causalidade entre o comportamento da ré, que começa por ser de tolerância à prática de actos humilhantes (...) e os prejuízos morais e patrimoniais sofridos", lê-se na decisão, que contraria anteriores veredictos de outras instâncias judiciais. Aliás, Ana Sofia Damião avançou, em 2006, para a Relação, depois de o Ministério Público (MP) ter arquivado o processo-crime contra os autores dos actos de praxe. Uma decisão que a Relação classifica de "erro de julgamento".

Os juízes revelam a sua incompreensão com o facto de o Instituto ter ignorado as queixas de Ana Sofia Damião. Mais do que isso, a então caloira foi alvo de uma repreensão escrita pela forma "subjectiva e excessiva como relatou os factos".

Elisa Santos, advogada da ex-aluna, não escondeu o contentamento por esta decisão. "A Ana está contente com o veredicto. Foi uma luta difícil e desgastante mas nunca lhe passou pela cabeça desistir. Mais do que o dinheiro, a Ana está satisfeita por ter-lhe sido dada razão", disse ao CM a advogada.

O Instituto Jean Piaget já prometeu recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça.

APONTAMENTOS

PEDIDO ERA DE 70 MIL

Ana Sofia Damião, que concluiu o curso de técnica de farmácia noutra instituição, pedia 70 mil euros, mas a Relação atendeu ao facto de o Piaget se tratar de uma cooperativa de ensino, "sem grande margem de manobra" financeira.

EXCITAR UMA PLANTA

A então caloira foi obrigada a simular orgasmos com um poste de iluminação e uma planta, sendo que se esta última não se "excitasse", ou seja, crescesse, a aluna seria castigada. Foi também sujeita a imitar um asno, usando na cabeça um selim.

PIAGET DEFENDE-SE

O Piaget de Macedo de Cavaleiros diz que suspendeu, então, 25 alunos envolvidos na praxe e rejeita ser conotado com todas as questões negativas relativas às praxes.
http://www.correiodamanha.pt/noticia.as ... 4BE438007E
http://www.uploadimagens.com/upload/715 ... 704a49.jpg

A antiga caloira é hoje técnica de farmácia

O Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros foi condenado, pelo Tribunal da Relação do Porto, ao pagamento de 38 540 euros a uma antiga caloira que, em 2002, foi sujeita, entre outros actos, a suportar arreios de um burro e a simular orgasmos com um poste e uma planta.
Eu também quero
Lembro-me dos meus tempos de caloiro, ter sofrido algumas praxes num instituto militar, que não vou citar bastante humilhantes, que não me renderam um escudo (eu sou do tempo dos escudos).
Uma noite de Dezembro 2:00 AM
Acordar e Inicio das hostilidades.
-Vestir roupa de ginasio e sapatilhas.
- Agrupar debaixo de uma janela - Aqui são despejadas da janela baldes de leite azedo misturados com água, para render mais
- Pista de obstaculos - rastejar na pista de cinzas, que se encontrava cheia de água. Resultado todo o corpo, ficou cheio de cinza e completamente negro.
- Varias manobras arriscadas na pista de obstaculos, das quais não importa relatar pois foram imensas.
- Resultado final: pelas 4:30 - 5:00 AM toda a gente foi para o duche tentar lavar-se o melhor que podia. O engraçado é que os rapazes mui machos, terem que lavar-se entre si. ISTO É QUE FOI EMBARAÇOSO
NUNCA FOMOS INDEMNIZADOS

devias-te ter recusado a ser praxado

Na verdade, não podia recusar-me, ou seria, num instituto militar condenado ao ostracismo. Em todo o caso era uma praxe em grupo, o que torna as coisas mais fáceis. O companheirismo no infortunio, facilita as coisas. Hoje com mais de 20 anos de distanciamento, até acho piada.
Aliás uma das praxes mais engraçadas, foi uma praxe falhada.
Passo a contar:
- encontravam-se cerca de 20 indivíduos, nuzinhos para iniciar a praxe, quando se apercebe que se aproximava o oficial de dia.
Resultado, uma debandada geral de rapazes a fugir todos nus. Lembro-me de ter saltado uma janela num ápice, ficando todo esfolado. O ofical não conseguiu apanhar ninguém!

Chiça....e ainda me queixei eu das praxes que levei no mei anito de caloira....
Liding...aposto que agora cahas piada. mas na altura nao te deves ter rido muito.....

Querida Valentina!

De facto as praxes em Institutos Superiores Militares, eram à altura bastante agressivas (antes de existirem mulheres nesses lugares, por razões óbvias), mas sendo em grupo, não revestiam um carácter pessoal, pois eram aplicadas a todos e mesmo na altura, ninguem se sentia assim tão humilhado, pois o companheirismo ultrapassava as dificuldades, pois estavamos todos na mesma situação e ninguem ficava com qualquer tipo de resentimento. Hoje quando por qualquer razão penso no assunto, não evito um sorriso nos lábios.
A proposito, quando a tua agenda tiver um pouco mais livre, adoraria conhecer-te. Acho é que a famosa Valentina, tem pouco tempo disponível

A mim obrigaram-me a medir um campo de futebol com um fosforo...

A mim foi nada mais nada menos que conhecer e dar em cima das gaijas mais feias que pela lusófona andavam,éram escolhidas a dedo,ui não tao bem a ver