Vai-se falando aqui e ali de sexo seguro, de oral protegido mas a informação anda muito dispersa e pouco consistente.
Este não será um post muito "popular" e alegre, mas aqui vai a minha opinião.
Infelizmente, lamentávelmente, com pena minha é uma espécie de
urban myth... não há sexo seguro! Ou melhor, até que para mim o conceito existe num certo sentido (enquanto a minha mulher não descobrir
), mas na vertente das DST, não, não e não!
Não quero assustar ninguém, nem as meninas nem os confrades mas é uma total asneirada falar-se em sexo seguro.
Aliás basta ler
aqui o que escreve o CDC .
"For persons whose sexual behaviors place them at risk for STDs, correct and consistent use of the male latex condom can reduce the risk of STD transmission. However, no protective method is 100 percent effective, and condom use cannot guarantee absolute protection against any STD"Há muito que se sabe que os preservativos não são 100% eficazes, a coisa se bem aplicada e de qualidade ronda os 98%, na prática uma em cada 50 cambalhotas é como se fosse desprotegida. Os estudos estão no
Pubmed, quem tiver uma password, que leia... (ou então peça-a a um médico amigo, todos tem uma password, é a bíblia que consultam quando não sabem o tem nas mãos).
Já reparei que determinadas pessoas reduzem o conceito o sexo seguro ao oral protegido, mas a coisa é bem mais complexa... a única solução é mesmo abstinência. Aliás essa postura, poderá induzir em erro meninas e clientes. O oral protegido permite uma redução do risco, nunca sexo seguro.
O que existe são graus de segurança / gestão do risco, e o que é verdadeiramente importante é que quer clientes quer acompanhantes tenham a noção dos riscos que correm e o façam de forma consciente. Eu tenho noção, é uma opção...
E até existem estudos sérios que quantificam os riscos. Por exemplo
este e até tem uma
tabela tabela bem concreta... Como dizia o outro, é fazer as contas.
Para além disso, é preciso saber relativizar a coisa... Gosto particularmente de um compilação da Heron House de 1980 "
the odds on virtually anything", que qualquer curiosos da estatística tem na prateleira... dá para fazer umas comparações giras, do género: é mais provável ser atingido por um raio (1/400000), ou apanhar aids num oral desprotegido ? Mais uma vez, é fazer as contas (eu fiz
).
Não quero com isto, de forma alguma, descurar os riscos inerentes ao acto, nem dizer que o uso de preservativo não é importante... Apenas relativizar a coisa, ou seja que se tenha uma noção dos riscos efectivos que se correm. E nunca esquecer que é directamente proporcional ao número de eventos... deste ponto quase nunca se fala e é fundamental.
E para completar, há que fazer análises frequentemente, e isto especialmente para os que tem cara-metade, que a senhora lá de casa não tem culpa das nossas maluqueiras... Já nem falo nas meninas, que suponho as façam mensalmente... Ou não ?
PS. Como falei no oral desprotegido, apenas para clarificar a minha posição nesse ponto. Se curtir a miúda, se me inspirar confiança (isto de cientifico não tem nada
) corro conscientemente o risco... Caso contrário eu mesmo mando encapotar, com preservativo "câmara de ar de camião"
Se acontecer, aconteceu, vai um pouco nessa onda (mas as boas experiências incluem normalmente o BBBJ). Nunca pergunto se faz sem, até porque não entendo bem como é que uma miúda pode afirmar que sim, que faz, sem ver a pessoa... (e vice versa, entenda-se
)